Bancada do MDB indica Renan para concorrer à presidência do Senado

  • Por Jovem Pan
  • 31/01/2019 21h35
Agência Brasil Renan Calheiros Opositores de Renan ameaçam esvaziar sessão do Senado caso não haja voto aberto para a Mesa Diretora

Renan Calheiros foi escolhido para representar o MDB na disputa pela presidência do Senado Federal. Nesta quinta-feira (31), o alagoano foi indicado por sete votos a cinco na briga interna com Simone Tebet (MS). Escolha do novo comandante da Casa está marcada para sexta (1º). Se for eleito, o senador assumirá o cargo pela quinta vez.

Renan é considerado um nome hospital ao governo do presidente Jair Bolsonaro, apesar de ter feito sinalizações de aproximação nos últimos dias. Nesta noite, ele evitou entrevistas, mas foi questionado sobre a divisão da bancada com o desfecho. “Não sou eu que tenho que responder essa pergunta. A política é tão complexa que só a experiência não basta.”

Sob tensão, o encontro da bancada durou três horas. Após debates, os 12 parlamentares presentes sugeriram que Renan e Simone tentassem se entender para que o partido não precisasse deliberar sobre o assunto. Simone se recusou a conversar separadamente com o colega com a justificativa de que eles já tinham discutido o assunto antes.

Por causa disso, os senadores tiveram que votar, sendo que a maioria deles optou por usar uma cédula para voto secreto. Outro golpe importante na candidatura de Simone foi a ausência do senador Jarbas Vasconcelos (PE), que faltou à reunião. Ele havia dito, publicamente, que preferia a candidatura dela, mas não apareceu para votar.

Procurado, Jarbas justificou a ausência: “Meu voto sempre foi aberto. Voto no senador Tasso Jereissati para presidir o Senado”. Ao final, Simone negou que vá se lançar como candidata avulsa. “A minha candidatura avulsa só complicaria o processo. Não há espaço para a minha candidatura porque não tem um partido que venha apoiar”, afirmou ela.

Simone também negou que vá sair do partido após este resultado. “Nunca disse que sairia do partido se fosse derrotada. Houve vários companheiros sondando, que se eu saísse do partido, poderia ser a candidata de vários ou da maioria deles. Mas deixei claro que, nesse caso, poderia até ser leviana porque sempre defendi o direito democrático das urnas.”

*Com informações do Estadão Conteúdo

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