Bolsonaro diz que governo vai se aproximar de ‘países que servem de exemplo’

Declaração acontece em meio a trocas de farpas com Macron e indicação do filho à embaixada nos EUA

  • Por Jovem Pan
  • 29/08/2019 15h46 - Atualizado em 29/08/2019 15h48
Marcos Corrêa/PR Discurso foi feito durante cerimônia de lançamento do programa "Em Frente Brasil", que busca diminuir índices de violências nas cidades brasileiras

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta quinta-feira (29), durante cerimônia de lançamento do programa “Em Frente Brasil” – que busca diminuir índices de violências nas cidades brasileiras -, que o governo “vai cada vez mais se aproximar de países que servem como exemplo”.

Ele citou a ida do deputado federal e filho, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), aos Estados Unidos, onde irá se encontrar com o presidente Donald Trump. “Eduardo vai viajar daqui a pouco e se reunir com Trump. Desejo muito sucesso para ele nesse encontro nos EUA, nós vamos cada vez mais nos aproximar de países que servem de exemplo para nós, com os melhores índices levando-se em conta grande parte do mundo. São esses os exemplos que vamos procurar”, disse.

As declarações de Bolsonaro foram feitas em meio a duas polêmicas envolvendo a política internacional: as recentes trocas de farpas com o presidente da França, Emmanuel Macron, e a indicação de Eduardo para ocupar o cargo de embaixador do Brasil em Washington.

Combate à criminalidade

O “Em Frente, Brasil” propõe uma nova estrutura para as políticas públicas de estado, direcionadas ao combate da criminalidade violenta com foco nos territórios, a partir da implementação de soluções customizadas às realidades regionais.

Anunciado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, o projeto é inspirado em uma experiência adotada em Portugal e envolverá, inicialmente, uma cidade de cada região do país, com altos índices de criminalidade: Goiânia (GO), Ananindeua (PA), Cariacica (ES), Paulista (PE) e São José dos Pinhais (PR).

“Essa iniciativa do Moro é muito bem-vinda e temos certeza que ela vai dar certo. Representa um conjunto de ações que já são inerentes a nós, homens públicos, e que devemos colocar em prática”, afirmou Bolsonaro. Ele disse, ainda, que já foi “vítima desse grande mal que ainda existe no Brasil [a violência]”, quando levou uma facada de Adélio Bispo, durante a corrida presidencial.

O presidente citou o crescimento de 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre deste ano, anunciado hoje mais cedo. “A economia também ajuda nessa questão, porque se o desemprego cai, a violência também diminui”, ressaltou.

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