Bolsonaro e Piñera acertam reunião de países com floresta amazônica: ‘exceto Venezuela’

  • Por Jovem Pan
  • 28/08/2019 11h11
Marcos Corrêa/PR Presidente do Chile disponibilizou quatro aeronaves para ajudar o Brasil no combate ao fogo na Amazônia

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) anunciou, nesta quarta-feira (28), ao lado do presidente do Chile, Sebástian Piñera, que países que possuem floresta amazônica farão um encontro em Letícia, na Colômbia, para discutir uma “política única” sobre a preservação do meio ambiente e regras para exploração na região.

A reunião está prevista para ocorrer no dia 6 de setembro. Bolsonaro não especificou quais países vão participar do encontro, mas deixou claro que a Venezuela ficará de fora.

O presidente chileno passou pelo Brasil rapidamente após participar como convidado da reunião do G7, que ocorreu na França. Segundo Bolsonaro, Piñera levou a posição do Brasil aos países do grupo “com muita maestria e companheirismo”.

Durante a reunião com o presidente brasileiro, Piñera ofereceu quatro aeronaves para ajudar o Brasil no combate ao fogo na Amazônia. O auxílio foi aceito por Bolsonaro.

Piñera destacou, ainda, que muitos países querem colaborar com o Brasil. Sobre a quantia de US$ 20 milhões oferecida pelos países do G7, ele considerou que “cada país saberá qual colaboração quer receber e qual não quer”.

Bolsonaro x Macron

Bolsonaro voltou a criticar o presidente francês, Emmanuel Macron. “O que ele [Macron] fez no tocante ao Brasil, primeiro ao ofender o presidente da República eleito democraticamente e depois relativizar nossa soberania, isso despertou sentimento patriótico do povo brasileiro e de outros países da América do Sul. No dia 6 de setembro estaremos reunidos com esses presidentes, exceto da Venezuela, para discutir uma política única nossa de preservação do meio ambiente e exploração de forma sustentável”, disse.

Ele afirma que “houve aproveitamento” por parte do Macron para “se capitalizar perante o mundo como aquela pessoa única e exclusiva interessada em defender o meio ambiente”. “Essa bandeira não é dele, é nossa, é do Chile, é de muitos países do mundo”, declarou Bolsonaro.

O presidente ainda acusou a França e a Alemanha de estarem comprando o Brasil “à prestação”. O presidente brasileiro também afirmou que pretende aceitar apoio de alguns países de forma bilateral. “Falei que Alemanha e França estavam comprando à prestação o Brasil, deixei bem claro, e quando vocês olham o tamanho do Brasil, oitava economia do mundo, parece que 20 milhões de dólares é o nosso preço. o Brasil não tem preço… 20 milhões ou 20 trilhões é a mesma coisa para nós. Qualquer ajuda, de forma bilateral, podemos aceitar, até porque no futuro podemos ajudar outro país”, disse.

*Com Estadão Conteúdo

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