Bolsonaro: Guedes aceita até limite de R$ 800 bi com reforma

  • Por Jovem Pan
  • 25/04/2019 14h23 - Atualizado em 25/04/2019 14h31
Suamy Beydoun/Estadão Conteúdo Paulo Guedes: meta inicial é economizar R$ 1 trilhão com reforma

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (25) que o ministro da Economia, Paulo Guedes, aceita até o limite de R$ 800 bilhões com a reforma da Previdência em dez anos. A informação foi dada durante um café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, segundo o Estadão Conteúdo.

“Se a reforma da Previdência não der certo, o caos vai se instalar. Sem a reforma, ninguém mais vai confiar no Brasil”, disse o presidente aos jornalistas. “Uma economia abaixo de R$ 1 trilhão, nós vamos ficar como a Argentina. O Paulo Guedes diz que o limite é R$ 800 bilhões”, completou.

Guedes defendeu um mínimo de economia de R$ 1 trilhão quando a proposta de reforma foi levada ao Congresso. Mas, segundo Bolsonaro, para aprovar a reforma, com os ajustes defendidos no Congresso, ele aceita baixar esse valor até esse limite.

Bolsonaro disse que o placar (48 a 18 votos) da aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara o “surpreendeu positivamente”, mas se queixou sobre o mercado ainda ver incerteza mesmo depois da aprovação do texto na comissão.

Ainda sobre a reforma, o presidente voltou a dizer que “a bola está com o Parlamento”, mas que tem gente que acha que o governo deve interferir. “Vamos mapear os parlamentares e fazer um trabalho em cima deles”, comentou.

O presidente aproveitou para elogiar Guedes, a quem comparou à “rainha do tabuleiro de xadrez”, numa referência à capacidade de liderança e articulação do ministro.

Petrobras e combustíveis

O presidente admitiu que o governo pode “caminhar para a privatização mais ampla da Petrobras”. Disse: “Temos refinarias, vamos dar um passo de cada vez. Pode-se caminhar para a privatização mais ampla da Petrobras”.

Bolsonaro também falou sobre os preços dos combustíveis no País e atribuiu a alta ao ICMS, cobrado pelos Estados. “O grande problema (do preço do combustível) é o ICMS, mas a pancada quem leva é o governo federal. Os Estados são os grandes vilões do preço do combustível. O Rio Grande do Sul vai reduzir o preço do ICMS? Tem avião que chega com tanque vazio em São Paulo.”

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