Brasília tem sistema de segurança unificado para atender 1,6 mi de foliões

  • Por Jovem Pan
  • 03/03/2019 12h54
José Cruz/Agência Brasil Bloco de carnaval Baby-doll de Nylon no estacionamento do Estádio Nacional de Brasília "Mané Garrincha".

O governo do Distrito Federal tem esquema de segurança unificado durante o carnaval. Pela primeira vez, o Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob), que antes tinha uma atuação mais esporádica, em eventos de logística mais complexa, foi mobilizado em caráter permanente, como núcleo principal do sistema.

O novo formato de segurança visa atender um público que deve passar de 1,6 milhão de foliões, dos quais, espera-se, 25 mil sejam turistas. A programação da festa, realizada entre os dias 2 e 5 de março, compreende mais de 200 blocos de rua.

De acordo com a assessoria de imprensa do governo distrital, o Ciob foi inaugurado em junho do ano passado e é formado por 20 órgãos, incluindo a Defesa Civil, a Secretaria de Cultura, forças de segurança, Metrô e Companhia Energética de Brasília (CEB). O coordenador de Operações da Subsecretaria de Operações Integradas, tenente-coronel Márcio Vasconcelos, explica que a aproximação entre as diferentes áreas proporcionará uma melhor organização das equipes.

“Os órgãos trabalharão com base em três vertentes, objetivos: diminuição do tempo-resposta [de atendimento dos agentes]; otimização dos meios materiais e humanos, já que se consegue saber quem se manda e em que quantidade se manda; e, em terceiro lugar, o estabelecimento de protocolo de atuação”, esclarece Vasconcelos.

Ao todo, mais de 2 mil agentes compõem o efetivo da Polícia Militar. Além disso, cerca de 450 câmeras fazem o monitoramento de todo o perímetro do Distrito Federal. “As câmeras auxiliam as equipes de campo na prevenção [de crimes], porque podemos informar coisas que não conseguem ver e identificar pessoas”, afirma o tenente-coronel.

A cada dia, um profissional fica responsável pela operação de segurança. Além disso, caso as equipes necessitem de reforço, o Gabinete Integrado de Acompanhamento, que é acionado em situações de crise,  pode ficar em estado de prontidão.

Em 2017, a folia na capital federal reuniu, em seus 229 eventos, 746 mil pessoas. Durante o período, constatou-se um nível de criminalidade menor do que o ano anterior.

Foram registradas 437 ocorrências, ante 562 no carnaval 2016. Embora tenham caído os números de roubo, tentativas de homicídio e tentativas de latrocínio, balanço da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal revelou um aumento nos crimes relacionados a danos ao bem público.

Em outro levantamento, de 2017, a pasta divulgou que, em 74% dos roubos cometidos contra a pedestres, o alvo dos bandidos era o aparelho celular. “Deve-se manter objetos de valor em locais de difícil acesso e evitar usar bolsas com abertura virada para trás, como mochilas”, recomenda Vasconcelos.

*Com Agência Brasil

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.