CCJ da Câmara convoca Onyx Lorenzoni para esclarecer decreto sobre armas

  • Por Jovem Pan
  • 28/05/2019 16h24
Alan Santos/PR O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, será convocado para ir à CCJ da Câmara dos Deputados

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (28), a convocação do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, para prestar esclarecimentos a respeito do decreto do poder Executivo que ampliou a posse e o porte de armas no país.

Segundo o deputado Aliel Machado (PSB-PR), que protocolou o requerimento, é importante que a CCJ debata com o ministro possíveis vícios de constitucionalidade na norma, mesmo depois de o presidente Jair Bolsonaro ter publicado um novo decreto, alterando as regras do decreto anterior e, por exemplo, proibindo que cidadãos comuns portem fuzis. “Acho que o governo fez um atropelo [com o decreto]. Não pode o Executivo querer ser Legislativo”, avaliou o parlamentar.

O deputado Kim Kataguiri (DEM-SP), colega de partido do ministro, chegou a defender que os deputados votassem a convocação apenas na semana que vem, para que o Lorenzoni tivesse mais tempo de organizar sua agenda. Ele criticou, no entanto, a ausência de parlamentares da base do governo no debate sobre a convocação. “Não falo em nome da liderança do governo e me assusta não haver ninguém do governo fazendo esse papel. É bizarro e assustador não ter defesa de nenhum líder do governo”, criticou Kataguiri.

Após a fala de Kataguiri, a deputada Bia Kicis (PSL-DF) defendeu que o pedido de convocação fosse transformado em um convite, o que faria com que a presença do ministro não fosse obrigatória. “Não faz sentido o que o deputado Kim Kataguiri está falando, me desculpe”, opinou, ao se referir à concordância do deputado em manter o pedido de convocação, apenas com o adiamento de uma semana.

Kataguiri afirmou que não teria como garantir a vinda do ministro caso a aprovação fosse para o convite. Depois de falar ao telefone com Lorenzoni, afirmou que o ministro deu o aval para a convocação e, portanto, ele abriria mão de obstruir a reunião da CCJ. Com isso, a convocação foi aprovada.

A data da ida do ministro à Câmara ainda não foi divulgada.

*Com Agência Câmara

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