Conselho de Segurança dos EUA elogia posição de Bolsonaro ‘contra o regime cubano’

  • Por Jovem Pan
  • 17/11/2018 11h05 - Atualizado em 17/11/2018 11h21
Wilton Junior/Estadão Conteúdo Jair Bolsonaro foi elogiado pelos americanos pela suspensão da parceria com Cuba no Mais Médicos

O Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos elogiou o presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, por sua postura em relação à Cuba na questão do programa Mais Médicos. Pelo Twitter, o órgão postou mensagens em inglês e português sobre o tema. “Elogiamos o presidente eleito do Brasil por tomar posição contra o regime cubano por violar os direitos humanos de seu povo, incluindo médicos enviados para o exterior em condições desumanas”, disse.

Antes, a secretária para assuntos de Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado dos EUA, Kimberly Breier, já havia se manifestado nesse sentido. “Que bom ver o presidente eleito Bolsonaro insistir em que os médicos cubanos no Brasil recebam seu justo salário em vez de deixar que Cuba leve a maior parte para os cofres do regime”, escreveu na mesma rede social.

Nesta quarta (14), o governo cubano informou que está se retirando do programa social após declarações “ameaçadores e depreciativas” de Bolsonaro, que anunciou mudanças que Cuba considera “inaceitáveis” no projeto. O capitão reformado confirmou que o país não aceitou as mudanças no programa que ele exigiu.

Nesta sexta (16), Bolsonaro voltou a criticar os termos do acordo e disse que a situação dos profissionais de saúde cubanos é “praticamente de escravidão”, questionando ainda a qualidade dos serviços prestados.

Assessor americano planeja viagem ao Brasil

A aproximação entre o governo norte-americano e o entorno de Bolsonaro vem acontecendo desde a eleição do capitão. O Assessor de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Bolton, planeja inclusive uma viagem ao Brasil nos próximos dias 28 e 29 na qual deverá se encontrar com o presidente eleito. Ele ainda não bateu o martelo sobre a viagem, mas a possibilidade vem sendo discutida nas últimas semanas.

No início do mês, em discurso, o assessor considerou a eleição de Bolsonaro no Brasil como um sinal positivo na América Latina e destacou que o brasileiro é um parceiro com ideias semelhantes às dos EUA. Bolton, que é um dos conselheiros do presidente Donald Trump para política externa, considera o futuro presidente como um aliado na região contra governos de esquerda como Venezuela, Cuba e Nicarágua – o que ele já chamou de “troica da tirania”.

*Com Estadão Conteúdo

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