Conselho Federal de Medicina: Brasil tem médicos suficientes para atender à população

  • Por Jovem Pan
  • 15/11/2018 11h12 - Atualizado em 15/11/2018 11h14
HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO CONTEÚDO/AE Órgão destacou que "os médicos brasileiros têm atuado sempre em respeito ao compromisso com a sociedade"

Após o anúncio do governo de Cuba sobre a retirada de seus profissionais do programa Mais Médicos do Brasil, o Conselho Federal de Medicina divulgou nota reiterando que o país conta com médicos brasileiros “em número suficiente para atender às demandas da população”.

No comunicado publicado em seu site oficial, o órgão destaca também que “historicamente, os médicos brasileiros têm atuado, mesmo sob condições adversas, sempre em respeito ao seu compromisso com a sociedade”. Além disso, ressalta que cabe ao governo, nos diferentes níveis de gestão, “oferecer aos médicos brasileiros condições adequadas para atender a população, ou seja, infraestrutura de trabalho, apoio de equipe multidisciplinar, acesso a exames e a uma rede de referência para encaminhamento de casos mais graves”.

Ainda de acordo com o CFM, para estimular a fixação dos profissionais em áreas distantes e de difícil provimento, o governo deve “prever a criação de uma carreira de Estado para o médico, com a obrigação dos gestores de oferecerem o suporte para sua atuação, assim como remuneração adequada”.

Todos esses pontos constam no “Manifesto dos Médicos em Defesa da Saúde”, documento encaminhado pelo órgão a todos os candidatos das eleições deste ano ainda no primeiro turno. “Comprometido com a Nação, a ser construída com base na ética e na justiça, o CFM se coloca a disposição do Governo para contribuir com a construção de soluções para os problemas que afetam o sistema de saúde brasileiro”, finaliza a nota.

Sobre a saída de Cuba do programa

Na quarta-feira (14), o presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou que o governo de Cuba não aceitou as condições impostas pelo Brasil para seguir participando do Mais Médicos. O desligamento do programa foi informado pelo Ministério da Saúde cubano por meio de uma nota oficial.

“Condicionamos à continuidade do programa Mais Médicos a aplicação de teste de capacidade, salário integral aos profissionais cubanos, hoje maior parte destinados à ditadura, e a liberdade para trazerem suas famílias. Infelizmente, Cuba não aceitou”, escreveu o presidente eleito no Twitter. “Além de explorar seus cidadãos ao não pagar integralmente os salários dos profissionais, a ditadura cubana demonstra grande irresponsabilidade ao desconsiderar os impactos negativos na vida e na saúde dos brasileiros e na integridade dos cubanos.”

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