Consumo de energia cresceu 0,8% em 2017, aponta Comitê do Setor Elétrico

  • Por Agência Brasil
  • 08/03/2018 08h15
Agência Brasil/Arquivo Texto que permite a capitalização da Eletrobras foi encaminhado pelo governo federal em fevereiro deste ano, na terceira tentativa desde 2018 em emplacar a venda Texto que permite a capitalização da Eletrobras foi encaminhado pelo governo federal em fevereiro deste ano, na terceira tentativa desde 2018 em emplacar a venda

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) afirmou nesta quarta-feira  (7) que o consumo total de energia elétrica no país voltou a crescer em 2017, fechando o ano com crescimento de 0,8%. Esta é a primeira vez que o consumo volta a crescer depois de dois anos de queda. Ainda assim, o CMSE destacou que o percentual de consumo está no mesmo patamar de 2014.

A maior alta, de 1,1%, foi registrada junto aos consumidores industriais, que atingiram crescimento igual ao de 2016. Já o consumo residencial expandiu 0,8% e o do setor de Comércio e Serviços 0,3%. Para o período de 2018-2022, a projeção de crescimento médio anual de consumo de energia é de 3,9%.

Situação dos reservatórios

Na reunião anterior, o comitê, que é responsável por analisar as condições de suprimento eletroenergético em todo o território nacional, destacou que, com exceção da Região Sul, as chuvas em janeiro foram inferiores à média na maior parte do Brasil.

Ao analisar o cenário de abastecimento dos reservatórios das usina hidrelétricas, o comitê disse que o mês de fevereiro fechou com chuvas superiores à média nas bacias dos rios Doce, São Francisco, Xingu, Madeira e Tocantins. Entretanto, as chuvas foram deficitárias nas bacias dos rios Grande, Paranaíba, Iguaçu, Uruguai e Jacuí.

Segundo o comitê, a energia armazenada nos reservatórios verificada ao final do mês foi de 37% no subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, 73,5% no subsistema Sul, 26,3% no Nordeste e 62,1% no Norte. A nota destaca que, para o fim do mês de março, os valores de armazenamento esperados são de 44,6% no Sudeste/Centro-Oeste, 64,1% no Sul, 36,9% no Nordeste e 66,5% no Norte.

Ainda durante a reunião desta quarta-feira, o CMSE disse que para os próximos sete dias esperam-se precipitações mais abundantes nas bacias dos rios São Francisco, Doce, Tocantins e Xingu. Nas bacias dos rios Grande, Paranaíba, Madeira, Itaipu, Iguaçu, Uruguai e Jacuí há previsão de chuvas predominantemente inferiores à média histórica.

“O cenário mais provável de previsão para a segunda semana é de continuidade de maiores acumulados pluviométricos nas bacias do São Francisco, Doce, Tocantins e Xingu. No rio Madeira, assim como nas bacias da Região Sul, as precipitações serão próximas ou levemente inferiores aos valores históricos. Deverá chover abaixo da média nas bacias dos rios Grande e Paranaíba”, disse o comitê em nota.

Rio São Francisco

O CMSE disse que a política de redução na vazão nos reservatórios das usinas de Xingó e Sobradinho, localizadas na bacia do Rio São Francisco, vai permanecer com vistas à preservação dos estoques armazenados. Em quase 90 anos de medição oficial, a armazenagem dos reservatórios chegou a ficar, no ano passado, abaixo dos 7%, na maior seca da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco já registrada.

Segundo o comitê, as ações desenvolvidas vão possibilitar manter todas as usinas hidrelétricas acima de seus armazenamentos mínimos operacionais até o final do período úmido em abril de 2018. “A expectativa de armazenamento ao final do mês de março de 2018 é de 38,9% na UHE [Usina Hidrelétrica] Três Marias e de 48,3% na UHE Sobradinho, o que indica nível de armazenamento melhor que no ano 2017”, disse o CMSE.

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