Contribuição de Cunha ao País foi a mais danosa possível, diz Dilma

  • Por Estadão Conteúdo
  • 29/08/2016 16h19

Dilma Rousseff durante respostas em resposta a senadores no plenário do Senado Federal Marcelo Camargo/Agência Brasil Dilma Rousseff durante respostas em resposta a senadores no plenário do Senado Federal

A presidente afastada, Dilma Rousseff, voltou nesta segunda-feira, 29, a deixar clara a antipatia pelo deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que no fim de 2015, como presidente da Câmara, aceitou a abertura do processo de impeachment contra ela.

Respondendo a uma pergunta da senadora Lídice da Mata (PSB-BA), Dilma disse que a contribuição de Cunha ao País “foi a mais danosa possível”. “A contribuição de Cunha foi a mais danosa possível porque já vinha sendo bem danosa quando tentamos aprovar, ainda em 2014, a Lei dos Portos, com todas as dificuldades possíveis, pois ele não queria a aprovação sem contemplar alguns interesses estranhos”, afirmou, sem esclarecer ao que se referia.

De acordo com ela, quando Cunha foi eleito presidente da Casa, em fevereiro de 2015, o processo de desestabilização parlamentar do governo teve início de forma acelerada. “Muito se tem dito pela imprensa e também por integrantes do sistema Judiciário que Cunha tinha relação não muito republicana quando se tratava aprovação de projetos”, acrescentou. “Cunha promoveu um grande rombo na nossa capacidade de superação da crise”.

A presidente afastada afirmou ainda que desde fevereiro de 2016 até poucos dias antes do afastamento pelo Senado, a Câmara não aprovou nenhuma medida. “Se isso não é um dos maiores boicotes que se tem notícia na história do Brasil, eu não sei o que é.”

PITACO DA JOVEM PAN: Marco Antonio Villa destacou o retorno do “Dilmês” e questionou: “uma pessoa que não consegue falar, escreveR ou estabeler uma linha lógica de raciocínio: como que governou o Brasil?” 

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