Corpo de músico fuzilado por militares é sepultado no Rio

  • Por Jovem Pan
  • 10/04/2019 12h14
Estadão Conteúdo Amigos e familiares no sepultamento do músico Evaldo Rosa dos Santos nesta quarta-feira, 10, no Cemitério de Ricardo de Albuquerque, na zona norte do Rio de Janeiro. Evaldo Rosa dos Santos, de 51 anos, teve seu carro fuzilado por militares do Exército, no último domingo, em Guadalupe, na Zona Norte da cidade Amigos e familiares no sepultamento do músico Evaldo Rosa dos Santos nesta quarta-feira, 10, no Cemitério de Ricardo de Albuquerque, na zona norte do Rio de Janeiro. Evaldo Rosa dos Santos, de 51 anos, teve seu carro fuzilado por militares do Exército, no último domingo, em Guadalupe, na Zona Norte da cidade

Foi sepultado nesta quarta-feira (10) o corpo do músico Evaldo dos Santos Rosa, de 51 anos. O carro em que ele estava foi fuzilado por militares na tarde do último domingo no Rio de Janeiro (7).

Pelo menos duas centenas de pessoas acompanharam o enterro no cemitério de Ricardo de Albuquerque, na Zona Norte do Rio. Em coro, os presentes cantaram os versos “quero chorar o seu choro, quero sorrir seu sorriso, valeu por existir”, em homenagem ao músico e gritaram por “justiça”.

A ONG Rio de Paz distribuiu 80 pequenas bandeiras do Brasil perfuradas e manchadas de vermelho, para representar o total de disparos que a perícia apontou terem sido disparados.

Luciana Nogueira, 41, viúva de Evaldo e que também estava no carro no domingo, transformou o choro incontido em gritos de protesto. “Eu quero justiça! Meu filho de sete anos não para de pedir ‘eu quero meu pai, eu quero meu pai'”, bradava.

Jackson Oliveira, primo de Evaldo, estava desolado. “Eles mataram mais um trabalhador. Ele era como um pai pra mim e para os meus irmãos”, lamentou.

O músico Evaldo dos Santos Rosa foi fuzilado, com 80 tiros, por militares no último domingo (7), no Rio de Janeiro

O músico Evaldo dos Santos Rosa foi fuzilado, com 80 tiros, por militares no último domingo (7), no Rio de Janeiro

Inicialmente, o Comando Militar do Leste informou, por meio de nota, que os militares responderam a “injusta agressão”. Depois, no entanto, o comunicado informou que foram identificadas inconsistências entre os fatos. Dez militares dos doze ouvidos após a ação foram presos.

Eles serão ouvidos pela Justiça Militar nesta quarta-feira. A audiência deve começar às 14 horas.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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