Cuidador de idoso é o trabalho que mais cresce no país em uma década: 547%

  • Por Jovem Pan
  • 04/11/2018 12h08
Divulgação Médica segurando a Profissão de cuidador ainda carece de regulamentação no país, mas há projetos no Congresso Nacional

Com o envelhecimento acelerado da população brasileira, a ocupação de cuidador de idoso foi a que mais cresceu no país na última década. De 2007 para 2017, o número de profissionais dessa área passou de 5.263 para 34.051 – um aumento de 547%.

O balanço foi feito pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) com base em dados de 2,6 mil profissões coletados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que não considera empregos informais – o que pode prejudicar a quantidade real.

“Mesmo com o desempenho ruim da economia nos últimos anos, essa ocupação cresce porque há cada vez mais idosos e porque é um serviço de saúde. As famílias sacrificam outro tipo de consumo, mas mantêm os cuidados com a saúde”, explica Fabio Bentes, economista-chefe do CNC.

Regulamentação

A profissão ainda não tem regulamentação, então não há regras claras sobre a formação mínima que deveria ser exigida nem qual seria o conteúdo obrigatório dos cursos de formação. As atribuições e o perfil são descritos apenas na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO).

A orientação é que sejam contratados apenas adultos que tenham participado de cursos livres entre 80 e 160 horas e demonstrem “empatia” e “paciência”. Entre as atribuições diárias estão: ajudar nas atividades diárias, observar o comportamento e estimular a independência.

“O cuidador deve ficar atento à alimentação e ao risco de queda e tem de saber lidar com situações da vida de um idoso, que pode estar confuso. Pode ajudá-lo a se vestir, mas não assumir a função”, diz Carlos André Uehara, presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.

Um projeto de lei (PL) tramita na Câmara para criar e regulamentar a profissão de cuidador não só de idosos, mas de crianças e de pessoas com deficiência ou doença rara. O relator ainda não se manifestou. No Senado, também há PL sobre o assunto para determinar atribuições.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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