Cumprir calendário vacinal é essencial para evitar ressurgimento de doenças, aponta SBI

  • Por Jovem Pan
  • 28/07/2018 10h10
Altemar Alcantara/Semcom "As políticas de prevenção têm sido bem adotadas. Nós temos problemas pontuais, que algumas vezes nem são relacionadas ao Ministério", afirmou Marcelo Otsuka

Nas últimas semanas, o Brasil vem acompanhando notícias alarmantes sobre a baixa procura da população por vacinas e as consequências desta mudança de postura, como a reaparição do sarampo, doença que estava erradicada no País. Além disso, o Ministério da Saúde revelou que vem tendo problema para realizar a distribuição da vacina contra a meningite. Em entrevista à Jovem Pan, Marcelo Otsuka, médico e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), ressaltou a importância do calendário vacinal existente e os problemas futuros que a baixa procura pela vacinação podem trazer.

“As políticas de prevenção têm sido bem adotadas. Nós temos problemas pontuais, que algumas vezes nem são relacionadas ao Ministério. Mas é sempre importante salientar que no Brasil um calendário vacinal muito bem estabelecido e que deve ser cumprido. Só assim faremos com que essas doenças sejam erradicadas e não tenhamos problemas futuros”, apontou Otsuka.

Segundo ele, doenças como a febre amarela e a meningite tem uma taxa de mortalidade muito grande, algo que pode ser resolvido com a vacina.

“Não podemos acreditar nessas fake news sobre a vacinação. A vacina é a grande forma de proteção contra diversas doenças. Infelizmente, quando temos problemas de distribuição ou falta de conhecimento por parte da população, é preocupante”, afirmou.

Para o médico, este é também o principal problema quando se fala de uma doença muito mais comum e conhecida dos brasileiros: a gripe.

“Talvez seja desconhecimento ou falta de melhores informações. Vacina não provoca gripe. É um vírus inativado, não leva a doença. O que acontece é que após a vacinação, ela leva um tempo para ter eficácia. Se, nesse meio tempo, apresentarmos sintomas, vamos acabar pegando a doença. Mas posso garantir: vacina não provoca a gripe”, finalizou.

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