Após declarações polêmicas, Bolsonaro diz que imprensa ‘distorce suas palavras’: ‘Morrem de saudades do PT’

  • Por Jovem Pan
  • 20/07/2019 15h53 - Atualizado em 20/07/2019 15h53
Flickr/Palácio do Planalto ‘Duvido que encontrem um quilômetro de floresta desmatada na Amazônia’, diz Jair Bolsonaro Presidente também afirmou que os veículos o tratam como inimigo

Depois de ter dado uma série de declarações polêmicas na manhã desta sexta-feira (18), enquanto tomava café da manhã com jornalistas estrangeiros, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) rebateu, neste sábado (19) as críticas que recebeu. Em uma publicação no Twitter, ele disse que a imprensa usa de sua “boa vontade” de conversas para “distorcer suas palavras e “agir de má fé”.

“Não adianta a imprensa me pintar como seu inimigo. Nenhum presidente recebeu tanto jornalista no Planalto quanto eu, mesmo que só tenham usado dessa boa vontade para distorcer minhas palavras, mudar e agir de má fé ao invés de reproduzir a realidade dos fatos”, escreveu.

O presidente afirmou, ainda, que defende a liberdade de imprensa, mas acusou os veículos de possuírem viés ideológicos e de sentirem falta de governos anteriores, comandados pelo Partido dos Trabalhadores (PT).  “Sempre defendi liberdade de imprensa, mesmo consciente do papel político-ideológico atual de sua maior parte, contrário aos interesses dos brasileiros, que contamina a informação e gera desinformação. No fundo, morrem de saudades do PT.”, continuou.

Alguns internautas rebateram a publicação do presidente, mencionando que ele precisa se concentrar no seu governo, e não relembrar os antigos. Bolsonaro respondeu e pediu para que os usuários “não chorassem”. Vou falar do PT sempre. Não adianta chorar. Não é porque perderam a eleição que seus crimes devem ser ignorados. Os efeitos devastadores do desgoverno da quadrilha ainda podem ser sentidos e é papel de todo aquele que que ama o Brasil lembrar quem foram os culpados.”

Relembre

Durante o café da manhã, o presidente disse a jornalistas que é “uma grande mentira” alguém dizer que passa fome no Brasil, uma vez que não há pessoas de “físico esquelético” como em outros países. Mais tarde, ele recuou e afirmou que apenas”alguns passam fome”. No mesmo dia, ele citou que os dados divulgados pelo Inpe sobre desmatamento na Amazônia eram mentirosos e chamou governadores do Nordeste de “paraíbas”. O presidente também voltou a dizer que é “muito difícil ser patrão no Brasil” e cogitou extinguir a Agência Nacional do Cinema (Ancine).

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