Desembargadora determina fim de paralisação de polícias do Rio Grande do Norte

  • Por Jovem Pan
  • 25/12/2017 15h42 - Atualizado em 25/12/2017 15h55
PM/Divulgação Equipes da Força Nacional foram enviadas à capital potiguar para cobrir a ausência de policiamento ostensivo

A desembargadora Judite Nunes, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, considerou ilegal a paralisação das polícias Civil e Militar e do Corpo de Bombeiros do Estado e determinou o retorno imediato dos grupos ao trabalho.

Os órgãos estão aquartelados desde a última terça-feira (19) devido ao não pagamento dos salários de novembro. O governo tenta obter ajuda federal de R$ 600 milhões para colocar a folha salarial em dia. O Estado tenta pagar aos poucos os servidores: quem recebe até R$ 2 mil recebeu o salário de novembro na quinta (21). Na sexta (22), foi a vez dos que ganham até R$ 3 mil por mês. O governo do Rio Grande do Norte promete acertar o soldo do mês até dia 29. Já o 13º salário, segundo o governador Robinson Faria, deve ser acertado apenas em 10 de janeiro e o salário de novembro, pago até 30 de janeiro de 2018.

Na decisão em que acata pedido da Procuradoria-Geral do Estado, a Justiça estabeleceu multas diárias de R$ 2 mil a R$ 30 mil aos sindicatos que representam as categorias. Antes de acatar o pedido, no entanto, o Tribunal de Justiça do Estado já havia negado dos pedidos do governo. No novo pedido, o governo estadual citou “fatos novos”, como assaltos e arrastões dos últimos dias.

As associações, no entanto, dizem que ainda não foram informadas da decisão judicial e devem se reunir em assembleia nesta terça (26) para decidir o que fazer.

PMs e bombeiros iniciaram a greve, seguida por delegados da Polícia Civil, que trabalham em regime de plantão. Assim, na Grande Natal, apenas as delegacias de plantão funcionam e, no interior, só as delegacias regionais estão abertas.

Setenta homens e mulheres da Força Nacional de Segurança, tropas federais, foram enviados à capital potiguar para assegurar a segurança nas ruas.

Entre terça (19) e sábado (23), a Secretaria de Segurança Pública registrou mais de 250 crimes na região metropolitana, como roubos a bancos, lojas de vestuário e de departamento, arrombamento e roubo de veículos.

Em 2017, o Rio Grande bateu o recorde de homicídios em sua história: 2,4 mil.

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