Dez venezuelanos são resgatados em situação análoga à escravidão na BA

Grupo foi retirado de uma oficina mecânica, que realiza serviços de manutenção de equipamentos de um parque de diversões

  • Por Jovem Pan
  • 19/04/2019 10h56
Divulgação Dez trabalhadores venezuelanos – nove homens e uma mulher – foram resgatados em uma oficina mecânica nesta quinta-feira (18) pela fiscalização da Gerência do Trabalho de Ilhéus, na Bahia Dez trabalhadores venezuelanos – nove homens e uma mulher – foram resgatados em uma oficina mecânica nesta quinta-feira (18) pela fiscalização da Gerência do Trabalho de Ilhéus, na Bahia

Dez trabalhadores venezuelanos – nove homens e uma mulher – foram resgatados nesta quinta-feira (18) em uma oficina mecânica, que realiza serviços de manutenção de equipamentos de um parque de diversões, pela fiscalização da Gerência do Trabalho de Ilhéus, na Bahia. O grupo estava em um galpão na Rodovia BR-415, entre os muncípios de Itabuna e Ibicaraí e trabalhava em situação análoga à escravidão.

De acordo com a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, do Ministério da Economia, essas pessoas receberam propostas de um casal de empregadores, um brasileiro e um polonês. O crime se caracteriza como tráfico internacional de pessoas.

O grupo desembarcou no Brasil em janeiro, de forma regular, com passagem comprada pelos empregadores, mas todo o custo da viagem estava sendo descontado mensalmente da remuneração dos empregados, além dos gastos com alimentação, alojamento, televisão e internet. Segundo a auditora-fiscal do trabalho Lidiane Barros, nenhum dos trabalhadores tinha registro formal empregatício.

Eles foram encontrados em instalações precárias, viviam no galpão da oficina e dormiam em camas improvisadas. O local não tinha ventilação e o banheiro utilizado tinha paredes de zinco, sem oferecer privacidade e condições sanitárias.

A ação teve participação da Polícia Federal (PF) e da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS). O casal de empregadores foi preso em flagrante e vai responder pelo crime de redução de trabalhador à condição análoga à de escravo. Os trabalhadores resgatados estão sendo acolhidos pela secretaria, que está fornecendo hospedagem, alimentação e suporte para emissão de documentos.

*Com informações da Agência Brasil

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