Doria minimiza ausência de Bolsonaro em NY: investidores sabem que há estabilidade no Brasil

  • Por Jovem Pan
  • 14/05/2019 16h54
Aloisio Mauricio/Estadão Conteúdo Segundo o governador, empresários sabem que o lema é "menos governo e mais Brasil"

Após participar de um almoço com investidores em Nova York, Estados Unidos, o governador de São Paulo, João Doria, minimizou a ausência do presidente Jair Bolsonaro — que cancelou recentemente sua viagem à cidade. Segundo ele, houve um “bom entendimento” entre os presentes de que “há estabilidade” no cenário político e econômico brasileiro.

“Houve um bom entendimento com a presença do presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, além de vários senadores, deputados e governadores. Isso deu certa confiança a investidores, empresários e analistas de que há estabilidade no país. Todos respeitam o presidente Bolsonaro, com destaque ao ministro Paulo Guedes. Entendo que houve uma sintonia em torno do Brasil. Sabem que é menos governo e mais Brasil”, disse a jornalistas.

O governador também falou brevemente sobre a reforma da Previdência. Ele defendeu o “respeito” ao Congresso na tramitação do texto e garantiu que a única contrapartida desejada pelo governo de São Paulo é a sua aprovação.

“A reforma está indo na velocidade possível junto ao Congresso. Saímos daqui bastante convencidos com as manifestações de Maia e Alcolumbre de favorabilidade à aprovação. O presidente da Câmara acaba de dizer que ‘será aprovada’. Foi convicto. Houve pergunta dos investidores sobre a expectativa, R$ 1 trilhão ou mais. Ele falou ‘o número que for possível’. Foi correto. A melhor reforma é a que for viabilizada, respeitando o Congresso, evitando conflitos”, disse.

“Em relação aos governadores, alguns pedem contrapartidas, alguns não. A melhor contrapartida para São Paulo é a aprovação”, completou, ressaltando que a reforma pode destravar investimentos e acelerar processos de privatizações e concessões que trariam mais de R$ 240 bilhões ao estado.

Privatização da Sabesp

Doria comentou ainda o desejo de privatização da Sabesp, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo. De acordo com ele, os investidores estão demonstrando “muito interesse” nesse processo. “A própria Sabesp tem um altíssimo interesse, inclusive está cotada na bolsa de Nova York. Se for privatizada, vai colocar talvez um dos maiores valores de investimento de privatização no país.”

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