Doria rebate Carlos Bolsonaro sobre jatinhos: ‘Oportunistas. Não há nada ilegal’

  • Por Jovem Pan
  • 20/08/2019 13h52
Eduardo Carmin/Estadão Conteúdo Governador ressaltou que sua compra foi feita dentro da legalidade

O governador de São Paulo, João Doria (PDSB), respondeu às insinuações do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), de que ele teria utilizado dinheiro público para “facilitar caprichos pessoais” ao usar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiar a compra de uma aeronave da Embraer no valor de R$ 44 milhões em 2010.

“Assunto requentado”, cravou Doria. “Não há nada ilegal. A Embraer é uma empresa respeitada no mundo inteiro e que gera milhares de empregos no BR. O BNDES cumpriu seu papel de incentivar a indústria nacional”, comentou o governador, que ainda disse que “alguns oportunistas tentam associar o financiamento que fiz a algo errado”.

Doria comentou também que a “abertura da caixa preta” do BNDES, anunciada pelo presidente da instituição, Gustavo Montezano, deveria estar focada nos “bilhões emprestados pelo BNDES para obras de ‘desenvolvimento’ em países ‘companheiros’ durante a gestão do PT no Governo Federal que nunca foram pagas”.

Na segunda-feira, Carlos Bolsonaro compartilhou em sua conta pessoal no Twitter uma imagem com os donos dos dez aviões executivos mais caros financiados pelo BNDES. “Alguns gastos de dinheiro público facilitado para caprichos pessoais: JATINHOS”, escreveu o vereador. “Determinados nomes explicam muitos comportamentos”, acusou.

Embora a lista divulgada por Carlos tenha o título “os donos dos dez jatinhos mais caros financiados pelo BNDES”, ela não está ordenada por valores. Nesse contexto, o primeiro nome que aparece é o da empresa Doria Administração de Bens LTDA., que teria comprado um jato executivo no valor de R$ 44,03 milhões em 2010. A empresa pertence à família do governador João Doria.

*Com Estadão Conteúdo

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