Eduardo Bolsonaro pretende fazer um ‘partido ideológico, de direita e liberal na economia’

  • Por Victoria Abel
  • 10/06/2019 21h55 - Atualizado em 10/06/2019 21h59
Pablo Valadares/Câmara dos Deputados Posse não contou com nomes importantes no partido, como Joice Hasselman, Alexandre Frota e Janaína Paschoal

O novo presidente do PSL paulista e deputado federal, Eduardo Bolsonaro, afirmou nesta segunda-feira (10) que pretende fazer um partido ideológico, afinando as candidaturas com perfil de direita, conservador e liberal na economia. Após uma acirrada disputa interna, Eduardo, filho do presidente Jair Bolsonaro, foi escolhido o presidente do diretório na capital.

A posse ocorreu em evento no Hotel Renaissance, em São Paulo. A aclamação de Bolsonaro não contou com quadros importantes do PSL, como a líder do governo no Congresso Nacional, Joice Hasselmann, o deputado federal Alexandre Frota e a deputada estadual Janaína Paschoal.

A liderança enfrenta resistência de alas do partido ligadas a Frota. O deputado e ex-ator chegou a satirizar uma fala do discurso de posse do novo presidente, afirmando que o cargo é “uma autoproclamação”. Ele também chegou a chamá-lo de “Edu Guaidó”, em referência ao autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó.

Eduardo assegurou, no entanto, que as críticas “não são relevantes” e que está “aberto ao diálogo” com o parlamentar. Além disso, negou que exista uma racha no partido. “Eu não vejo isso aí como algo desagregador, nós deputados temos uma vida corrida”, disse.

Também presente no evento, o líder do PSL no Senado, Major Olímpio, ressaltou que a sigla está em um momento de transição e que é natural uma nova executiva gerar focos de descontentamento. “Se o indivíduo não estiver satisfeito no partido, pode buscar outra agremiação política”.

Eduardo confirmou que já fez o convite para o apresentador José Luiz Datena para integrar o quadro do partido, mas não confirmou o nome do jornalista para a disputa à prefeitura São Paulo.

“Eu não quero matar nenhuma liderança. Eu quero dar oportunidades. Com o Datena tivemos uma primeira conversa”, revelou.

O deputado ainda considera o nome de Janaína Paschoal e Joice Hasselmann para a disputa às eleições municipais. “Eu não conversei com a Janaína ainda, que foi a deputada mais votada da história, nem com a Joice, que tem um interesse grande”.

Eduardo também declarou que não será um ditador e que está traçando uma maneira para garantir uma maior transparência dentro da sigla.

* Com informações de Victoria Abel

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