Em áudio, mãe de família encontrada morta no Chile pede ajuda: ‘Acho que nós todos vamos morrer’

  • Por Jovem Pan
  • 23/05/2019 17h12 - Atualizado em 23/05/2019 17h22
Reprodução/Instagram Os brasileiros viajaram para Santiago no domingo (19), para comemorar o aniversário de 15 anos de Karoliny

Débora Muniz, 38 anos, uma das vítimas do vazamento de gás que matou uma família em Santiago, no Chile, enviou áudios por uma rede social pedindo ajuda para a irmã momentos antes de morrer.

As vítimas, que são o marido de Débora, Fabiano de Souza, 41 anos, e seus dois filhos adolescentes, Karoliny, de 15, e Felipe Nascimento, de 13, além do irmão da mulher e a cunhada dela, Jonathas Nascimento, 30, e Adriane Krueger, morreram devido a um vazamento de gás.

No primeiro áudio, Débora pede ajuda para o filho Felipe, que já apresentava mal-estar. Ela chora e diz que o garoto está “roxo” e pergunta se colocá-lo em uma banheira com água quente poderia reanimá-lo. “Eu não sei o que fazer”, diz.

Já na outra gravação ela descreve que os demais também estão apresentando os mesmos sintomas, como fraqueza e vômito. “As minhas articulações também estão parando e ficando roxas”, comenta. “Acho que fomos contaminados por algum vírus”, diz. “Acho que nós todos vamos morrer.”

As mensagens foram compartilhadas com a polícia chilena momentos antes de o consulado brasileiro entrar no imóvel, após ser acionado por parentes das vítimas.

Os brasileiros viajaram para Santiago no domingo (19), para comemorar o aniversário de 15 anos de Karoliny. Na noite de quarta-feira, eles começaram a sentir os sintomas de uma possível intoxicação por monóxido de carbono, provavelmente provocada por uma estufa a gás.

Eles estavam em um apartamento alugado pela plataforma Airbnb, que se comprometeu a arcar com os custos do translado dos corpos para o Brasil.

Tio acionou o consulado brasileiro

O grupo passou mal e, na quarta, um deles chegou a ligar para um tio, falando frases desconexas. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, esse familiar acionou o consulado brasileiro. O cônsul foi até o local, mas ninguém abriu a porta. Enquanto isso, os celulares das vítimas tocavam no interior do apartamento sem resposta. Após arrombar o imóvel, a polícia encontrou os brasileiros já mortos.

Quando a polícia chegou ao apartamento, notou que todas as janelas estavam fechadas, o que pode ter provocado a grande concentração de gás.

* Com informações do Estadão Conteúdo

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