Em depoimento, Bumlai diz que Instituto Lula surgiu de conversa com Dona Marisa

  • Por Jovem Pan
  • 09/05/2017 15h28
SP - LAVA JATO/DEPOIMENTOS CONTRA LULA - GERAL - Pecuarista José Carlos Bumlai chega para prestar depoimento ao juiz federal Sérgio Moro por meio de videoconferência, em São Paulo (SP), na manhã desta terça-feira (9). Moro ouve Bumlai e outras três testemunhas na 2ª ação da Lava Jato contra Lula. 09/05/2017 - Foto: RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO José Carlos Bumlai presta depoimento ao juiz federal Sérgio Moro por meio de videoconferência

O juiz Sérgio Moro ouviu na manhã desta terça-feira (9), o depoimento de José Carlos Bumlai, amigo de Luiz Inácio Lula da Silva. O pecuarista foi arrolado pelo Ministério Público Federal como testemunha na ação penal que investiga se o ex-presidente recebeu como propina o terreno onde seria construída a nova sede do Instituto Lula, além de um apartamento no ABC Paulista.

Os imóveis teriam sido comprados pela Odebrecht em troca de contratos com a Petrobras, no valor estimado de R$ 12 milhões, até novembro de 2012, segundo o MPF. Lula responde por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Em seu depoimento, José Bumlai disse que conheceu Luiz Inácio Lula da Silva durante a Copa do Mundo de 2002, através do então governador do Mato Grosso do Sul, Zeca do PT. Na oportunidade nasceu a amizade com o ex-presidente.

O pecuarista e o ex-presidente eram tão próximos, que Bumlai lembra a origem do Instituto Lula. Segundo o pecuarista, a entidade nasceu de uma conversa com a ex-primeira-dama Marisa Letícia, em 2010, que o teria procurado para pedir sua “ajuda” para a aquisição do terreno que iria abrigar a sede do Instituto Lula.

Bumlai contou que o objetivo do Instituto era acolher bens de propriedade do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, que exercitaria atividades culturais no espaço, a exemplo do Instituto Fernando Henrique Cardoso.

Bumlai disse que procurou um grupo de 10 empresários que pudessem fazer parte do projeto. Segundo o pecuarista, um dos empresários era Marcelo Bahia Odebrecht, que atendeu o pedido e ajudou a fazer contato com outros empresários.

O amigo de Lula afirmou que não se interessou pela compra do imóvel por impossibilidade financeira. Por isso, afastou-se da procura. Contou, ainda, que uma corretora de imóveis chegou a ser indicada a ele e foi visitar um terreno, mas não se interessou porque não podia comprar.

O depoimento de José Carlos Bumlai foi realizado por videoconferência. O pecuarista estava emSão Paulo e foi ouvido pelo juiz Sérgio Moro, da Justiça Federal do Paraná, em Curitiba.

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