Bolsonaro acredita que reforma será aprovada ‘sem muita desidratação’ até junho

  • Por Jovem Pan
  • 01/04/2019 18h14 - Atualizado em 01/04/2019 18h19
Isac Nóbrega/PR "Não temos outra alternativa. Chegou a esse ponto: a Previdência está deficitária realmente e temos que fazer essa reforma", disse o presidente em Jerusalém

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira, 1º, acreditar que a reforma da Previdência será aprovada no primeiro semestre deste ano pelo Congresso. Disse ainda que espera que o Legislativo não tire pontos essenciais de seu conteúdo.

“Não temos outra alternativa. Chegou a esse ponto: a Previdência está deficitária realmente e temos que fazer essa reforma. Espero que o Congresso a aprove sem que seja muito desidratada”, disse a jornalistas após chegar ao hotel em que está hospedado em Jerusalém, Israel.

Bolsonaro ressaltou que a decisão está com o Parlamento. “No que depender de mim, farei gestões. Eu conheço mais da metade dos parlamentares, fiquei 28 anos lá dentro e sei como aquilo funciona. Posso dar sugestões, mas não quero me meter porque agora estou em outra Casa”, disse.

Na quinta-feira, 4, há uma reunião prevista com alguns líderes partidários para tratar do tema. Até lá, segundo o presidente, seu trabalho ficará focado no assunto. “A próxima viagem minha deve ser, se ocorrer, depois do primeiro turno da Previdência”, disse, salientando que a proposta apresentada pelo Executivo não é dele ou do governo, “mas do Brasil”.

Reforma para os militares

Sobre a diferença no tratamento da reforma para os militares, usada por alguns como um obstáculo de aprovação no Congresso, Bolsonaro expressou: “Nada a ver”. Ele argumentou que, apesar de ser suspeito para falar por ser capitão do Exército, trata-se de uma vida completamente diferente.

“Militar trabalha 24 horas, tem situações extraordinárias da tropa, GLO (Garantia da Lei e da Ordem), interferências, nossas missões, somos sempre os primeiros a sermos chamados. É uma vida complicada”, disse.

Ele disse também que, em 2000, foi o único segmento a ter mudanças de aposentadoria. “Se juntarem as duas (propostas, a de 2000 e a de agora), a nossa foi muito mais profunda do que as demais”, comparou.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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