Em ‘transformação’, Odebrecht muda nome e identidade visual

  • Por Jovem Pan
  • 02/05/2019 16h52
Divulgação A construtora passa por um processo de perda de reputação desde que teve o nome envolvido em escândalos de corrupção

A Odebrecht Engenharia & Construção, uma das empresas do Grupo Odebrecht, anunciou nesta quinta-feira (2) uma mudança em sua marca. A construtora adotou as iniciais “OEC” e uma nova identidade visual com o intuito de refletir o que chama de “Jornada da Transformação” – uma tentativa de afastar seu nome das denúncias da Operação Lava Jato.

Em seu site oficial, a empresa destacou que passa por “importantes avanços na sua governança, como a implementação de um novo sistema de conformidade, incorporação de conselheiros independentes, atualização e adoção de novas políticas e diretrizes, um processo de sucessão que promoveu uma nova geração de líderes, a assinatura de importantes acordos no Brasil e exterior e, por fim, o início de sua reestruturação financeira”.

A empresa também investirá em campanhas publicitárias para apresentar a nova marca ao público. Elas devem ser veiculadas já neste mês de maio.

Nome envolvido em escândalos

A construtora passa por um processo de perda de reputação desde que teve o nome envolvido em escândalos de corrupção investigados pela Lava Jato.

Em setembro de 2018, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) julgou o recurso de apelação criminal do empresário Marcelo Bahia Odebrecht, ex-presidente do grupo, e manteve a pena fixada em 19 anos e quatro meses de reclusão. Ele é acusado pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Em dezembro, a juíza federal Gabriela Hardt condenou por corrupção e lavagem de dinheiro outros delatores da companhia, os executivos Mauricio de Oliveira Guedes e Glauco Legatti, a nove anos e oito meses e sete anos e seis meses.

Em fevereiro deste ano, foi a vez de o empresário Emílio Odebrecht ser condenado pela primeira vez na Operação. Ele foi sentenciado a três anos e três meses de reclusão, em regime semiaberto, por participação nas reformas de sítio em Atibaia, que beneficiaram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

De acordo com a denúncia, a Odebrecht gastou R$ 700 mil em obras de ampliação do imóvel para que ele fosse utilizado por Lula e familiares depois que o petista deixasse o Planalto.

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