Ex-presidente do BB e da Petrobras Aldemir Bendine tem pena reduzida na Lava Jato

  • Por Jovem Pan
  • 19/06/2019 21h37 - Atualizado em 28/08/2019 09h24
Marcelo Sayão/EFE EFE/Marcelo Sayão/Arquivo Bendine foi absolvido do crime de lavagem de dinheiro

A Oitava Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) diminuiu nesta quarta-feira (19) a pena do ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras, Aldemir Bendine. Condenado na Operação Lava Jato por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Bendine teve a pena de 11 anos de reclusão revisada para sete anos, nove meses e 10 dias.

Ele foi absolvido do crime de lavagem de dinheiro, pois entendeu-se que os atos praticados não implicaram ocultação ou dissimulação de patrimônio. Ainda cabe recurso no TRF4.

Acusações

De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal, a Odebrecht teria pago propina de R$ 3 milhões entre junho e julho de 2015 a Bendine, então presidente da Petrobras, em decorrência de seu cargo. Após o recebimento dos valores, o réu teria dado início a movimentações internas na estatal com o intuito de favorecer o Grupo Odebrecht.

Segundo a Lava Jato, a vantagem indevida teria sido solicitada por Bendine quando ele ocupava o cargo de presidente do Banco do Brasil em decorrência de uma operação de crédito em favor da Odebrecht Agroindustrial. Os dirigentes da Odebrecht, no entanto, só teriam concordado em pagar após Bendine assumir a presidência da Petrobras.

Em março de 2018, o então juiz federal Sergio Moro condenou o réu a 11 anos de reclusão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

A defesa do ex-presidente da estatal petrolífera recorreu da sentença ao Tribunal pedindo absolvição ou diminuição de pena. Os advogados alegaram que conjunto probatório dos autos não comprovava a suposta participação do réu na solicitação e recebimento de vantagens indevidas, o que deveria absolvê-lo do crime de corrupção passiva. Ainda sustentaram que o suposto mero repasse de valores em dinheiro vivo a Bendine não configurava a prática de lavagem de dinheiro.

* Com informações do Estadão Conteúdo

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