Ex-presidente do PSDB, Eduardo Azeredo deixa o partido

  • Por Jovem Pan
  • 21/05/2019 15h13 - Atualizado em 21/05/2019 15h14
José Cruz/Agência Brasil José Cruz/Agência Brasil Ele alegou que os motivos foram pessoais

O ex-presidente do PSDB, Eduardo Azeredo, pediu desfiliação do partido por motivos pessoais. Ele foi o presidente nacional da sigla de 2005 a 2007.

Azeredo foi condenado em 2018 a 20 anos e um mês de prisão no esquema que ficou conhecido como mensalão mineiro. Ele iniciou o cumprimento da pena em 23 de maio de 2018 em um batalhão do Corpo de Bombeiros na zona sul de Belo Horizonte.

Segundo o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), o cancelamento da filiação ocorreu em 8 de maio. O diretório estadual do partido, em nota, disse ter sido informado da desfiliação por familiares do ex-governador depois de o pedido ser protocolado.

O texto afirmou ainda que a legenda não fará comentários sobre a saída, por se tratar de iniciativa de foro pessoal do ex-tucano.

“O diretório estadual do PSDB-MG informa que o Sr. Eduardo Azeredo deu ciência ao partido, através de sua família, que protocolou perante o Tribunal Regional Eleitoral de MG sua desfiliação partidária do PSDB. As razões que motivaram sua decisão, por serem de caráter pessoal e de foro íntimo, não serão objeto de comentários deste diretório.”

Convenção do PSDB

Azeredo deixou o PSDB no mesmo mês em que será realizada a convenção nacional do partido, marcada para o dia 31 de maio. A proposta, que já foi formulada pelo atual comando da sigla, criará um código de ética formal para o partido.

O PSDB elabora um texto que estabelece regras internas para filiados flagrados em supostos esquemas de corrupção. Por exemplo, poderão ser estabelecidas regras que afastariam tucanos réus criminais e expulsariam condenados em segunda instância.

O mensalão mineiro foi como ficou conhecido o esquema, segundo acusação da Procuradoria-Geral da República, de desvio de recursos de empresas públicas de Minas Gerais, como o então Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge) para o financiamento da campanha de Azeredo à reeleição em 1998, disputa em que o tucano foi derrotado pelo ex-presidente Itamar Franco.

* Com informações do Estadão Conteúdo

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