Executivos do varejo discutem reforma tributária em reunião com Guedes

  • Por Jovem Pan
  • 26/12/2018 17h44
Fátima Meira/Estadão Conteúdo Empresários terão um novo encontro com Guedes em fevereiro

O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, se reuniu nesta quarta-feira (26) com executivos de grandes redes representadas pelo Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV). No encontro, foram discutidos temas como a reforma tributária, a lei trabalhista e a concessão de crédito. Uma nova reunião foi marcada para fevereiro.

O presidente do IDV e sócio da rede de drogarias Raia Drogasil, Antonio Carlos Pipponzi, se disse “entusiasmado” com o encontro. “Temos agendas convergentes com o ministro.” Além dele, participaram os presidentes da Riachuelo (Flávio Rocha), da Livraria Cultura (Sérgio Herz) e outros membros da lidarança do IDV e empresas como Walmart e Saint-Gobain.

Em entrevista, Pipponzi destacou que, no tema tributário, o esforço é por aumentar a base de arrecadação de forma que as receitas aumentem sem que a carga seja elevada. Para isso, uma das bandeiras do IDV – e que, segundo o presidente da entidade, é também uma preocupação do governo – é o combate à informalidade na economia.

O executivo afirmou que um dos temas levantados no encontrou foi o da desoneração de mão de obra, defendida pela equipe econômica do próximo governo. Para Pipponzi, isso deve ser feito “com regras iguais para todos”, sem que sejam escolhidos alguns setores para receberem o benefício, hoje concedido a 17 setores da economia.

A política de desoneração da folha de pagamento começou a ser adotada em 2011, pela então presidente Dilma Rousseff. Ela substituiu a cobrança de uma alíquota de 20% de contribuição previdenciária sobre a folha de salários por um percentual sobre o faturamento. A medida foi revista em 2015, devido ao custo elevado e pressão congressual.

O acesso ao crédito de forma mais barata é outra pauta que o IDV pretende tratar nos próximos encontros. A entidade tem participado de conversas envolvendo mudanças nos meios de pagamento, como por exemplo o debate que levou à redução nas tarifas com operações em cartão de débito. Paulo Guedes não falou com a imprensa.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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