Bolsonaro diz que ‘atendeu ao interesse do povo’ ao liberar saques do FGTS; Congresso pode analisar medida

  • Por Jovem Pan
  • 26/07/2019 13h50 - Atualizado em 26/07/2019 13h50
Marcos Corrêa/PR Presidente disse que valor dos saques podem ser revistos pelo Congresso desde que não comprometam programas habitacionais

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) ressaltou, nesta sexta-feira (26), que a liberação de saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) foi feita para atender “aos interesses do povo”. De acordo com o ele, a medida provisória vai beneficiar 82% das pessoas que possuem contas ativas e inativas no Fundo.

“Nós procuramos atender 82% das pessoas cujo saldo [do FGTS] é abaixo de R$ 500. Alguns falam que atendi o interesse de construtoras. Não. Atendi o interesse do povo, não majorando isso, porque temos que ter recursos para continuar o Programa Minha Casa, Minha Vida que é muito importante para quem não tem onde morar. Essa que é a nossa intenção”, afirmou, na saída do Palácio Alvorada.

Segundo o governo, existem, atualmente, 60 milhões de contas ativas e inativas no FGTS. Desse total, cerca de 211 milhões (80%) têm saldo de até R$ 500 que poderão ser retirados, beneficiando 96 milhões de brasileiros. A previsão é que os saques tanto do Fundo quando do Pis/Pasep injetem R$ 42 bilhões na economia até 2020.

Apesar de estar com o valor estabelecido, Bolsonaro disse que o Congresso Nacional têm “todo do direito” de modificar a proposta, mas acha difícil que isso aconteça. Questionado sobre a possibilidade de alguns parlamentares quererem aumentar o valor de saque, o presidente disse que é possível, desde que os valores não comprometam o financiamento de programas habitacionais.

“O Parlamento sabe muito bem, acho difícil tomarem medida nesse sentido, mas têm todo o direito de tomar. Se, na ponta do lápis, eles falarem que não será atingida a construção de casas populares no Brasil, não tem problema, está certo? Depende deles mostrarem. Matemática não tem como fugir, né? Matemática, pelo que eu aprendi até hoje, dois e dois são quatro e ponto final”, declarou.

*Com informações das Agências Brasil e Estado

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