Flávio Bolsonaro diz, na TV, estar sendo perseguido e que não vai abandonar cargo de senador

  • Por Jovem Pan
  • 24/01/2019 20h41
Fátima Meira/Estadão Conteúdo Senador eleito concedeu entrevista ao SBT nesta quinta-feira

O senador eleito Flávio Bolsonaro, afirmou nesta quinta-feira (24), em entrevista ao SBT, que não vai deixar de assumir o cargo em fevereiro para proteger o governo do pai, Jair Bolsonaro, e alegou estar sendo perseguido politicamente.

“Não sei de onde surgiu essa história [de abrir mão do cargo de senador]. Vou tomar posse e trabalhar muito pelo meu estado [o Rio de Janeiro] e pelo Brasil. Não vou me afastar. É uma perseguição política o que estou sofrendo no meu estado”, disse.

Flávio estava sendo investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro. Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) identificou movimentações atípicas nas contas de ex-assessores dele, quanto era deputado estadual fluminense.

O pivô das apurações é Fabrício Queiroz, que atuou no gabinete do parlamentar. Entretanto, Flávio recorreu ao Supremo Tribunal Federal, alegando ter foro privilegiado, e as investigações foram paralisadas. Ele alega que teve sigilo bancário quebrado.

“Houve sim quebra do meu sigilo [bancário] sem autorização judicial. Meu advogado me disse que tinha muitas coisas estranhas e perguntamos ao STF [sofre as suportas irregularidades]. Não fui lá pedir foro privilegiado”, defendeu-se.

“Eu não estou fugindo de investigação nenhuma, só quero que a lei valha para mim também. O Ministério Público vinha vazando constantemente dados do meu procedimento”, afirmou e, em seguida mostrou fotos de um promotor com jornalista da TV Globo.

Questionado sobre a data da imagem, Flávio Bolsonaro acusou ambos pelos vazamentos: “Em um momento com esse, [em que] estou há um mês e meio sendo exposto pejorativamente na mídia, para trocar receita de bolo é que não era [o encontro]”.

Milícias

O senador eleito também falou sobre milícias. Na terça-feira (22), dois policiais militares que haviam sigo homenageados por ele em 2003 e 2004 foram presos na zona oeste do Rio, acusados de integrarem milícias na região de Rio das Pedras.

“Sou contra milícias, só que nesse momento [quando homenageou] estava começando discussão sobre o que era isso. Qualquer lugar onde moravam dois ou três policiais já era considerado milícia”, disse, ao afirmar que as homenagens foram por “casos distintos”.

Além de ter homenageado os milicianos, o gabinete do então deputado estadual também contratou a mãe e a esposa da dupla. Em nota divulgada no começo da semana, ele culpou o ex-assessor Fabrício Queiroz pela seleção das funcionárias.

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