Freixo defende afastamento de delegado do caso Marielle: ‘foram muitos erros’

  • Por Jovem Pan
  • 14/03/2019 14h24
Divulgação "Um ano para chegar em quem atirou é um tempo inaceitável", disse o deputado do PSOL

O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL) disse nesta quinta-feira, 14, que o afastamento do delegado Giniton Lages das investigações da morte de Marielle Franco (PSOL) será positivo para a resolução do caso. A afirmação foi feita durante a missa de um ano da morte da vereadora. Lages se afastará das investigações porque recebeu um convite para fazer um intercâmbio na Itália.

“Acho que ajuda (o afastamento de Lages) porque foram muitos erros que a Polícia Civil cometeu neste ano para chegar até aqui”, afirmou o deputado. “Um ano para chegar em quem atirou é um tempo inaceitável”.

Ao longo da investigação, Giniton Lages foi acusado de pressionar suspeitos para confessarem sua participação no assassinato da vereadora. Foi por causa dessa acusação, inclusive, que a Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, determinou, em novembro passado, que a Polícia Federal apurasse se havia alguma interferência de autoridades policiais na apuração do crime, instituindo o que se chamou de “a investigação da investigação”.

“Os problemas que a investigação enfrentou não foram problemas específicos da investigação do caso Marielle, são problemas estruturais da segurança pública do Rio de Janeiro”, disse Freixo.”

Para o deputado, é preciso saber quem foi o mandante do crime. “Essa investigação só tem valia se conseguir descobrir quem mandou matar”, afirmou. “Se revelar que grupo político é capaz de ter a violência como forma de fazer política em pleno século 21.”

Em uma operação realizada na última terça-feira, 12, foram presos o PM reformado Ronnie Lessa, acusado de disparar contra Marielle e Anderson Gomes, e o ex-PM Élcio Queiroz, que dirigiu o carro para o suposto assassino. Os dois devem prestar depoimento ainda nesta quinta, 14, sobre o crime. A previsão é de que, no início da noite, eles sejam transferidos para o presídio de Bangu 1.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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