Funcionários de João de Deus eram coniventes com os abusos sexuais, dizem vítimas

  • Por Jovem Pan
  • 14/12/2018 18h22
Cesar Itiberê/Fotos Publicas O fato será apurado pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO)

Nesta sexta-feira (14), após a Justiça determinar a prisão do médium João de Deus, as promotoras responsáveis pelas investigações revelaram novas informações do caso à imprensa. De acordo com elas, os depoimentos mostraram que alguns funcionários do religioso eram coniventes com os abusos sexuais cometidos por ele.

Quatro funcionários em especial foram citados diversas vezes em diferentes depoimentos ao Ministério Público. As identidades deles seguem em sigilo. O fato será apurado pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO).

Pedido de prisão

A Secretaria de Segurança Pública de Goiás confirmou durante a tarde que o Tribunal de Justiça de Goiás acatou o pedido do MP-GO e determinou a prisão preventiva do médium goiano João Teixeira de Faria, o João de Deus.

O religioso é acusado de ter abusado sexualmente de mulheres durante a realização de tratamentos espirituais, em Abadiânia (GO). Cerca de 200 vítimas já procuraram autoridades para denunciá-lo.

Ele diz realizar tratamentos e “cirurgias espirituais” por meio de entidades que “incorpora”. As acusações surgiram no sábado (8), quando um programa de televisão conversou com vítimas. Em todos os casos, João levava a mulher para uma sala reservada para sessão em busca de milagres, o que acabava evoluindo para toques e estupros.

Para o Ministério Público, a semelhança nos depoimentos reforça as suspeitas. Até o momento, foram recebidas 330 denúncias em 11 Estados – 18 em São Paulo, já enviadas em vídeo para Goiás. O pedido de prisão foi protocolado no Fórum de Abadiânia. Para o MP, em liberdade, haveria o risco de João de Deus coagir testemunhas e fazer mais vítimas.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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