Governo do Rio nomeia irmã Bretas para cargo comissionado

  • Por Jovem Pan
  • 19/04/2019 15h19
MARCOS ARCOVERDE/ESTADÃO Controladoria-Geral do Estado do Rio de Janeiro (CGE) disse que Marcilene participou de processo seletivo e que seu currículo "destacou-se"

O governo do Rio de Janeiro nomeou Marcilene Cristina Bretas Santana, irmã do juiz federal Marcelo Bretas, agora responsável pela Lava Jato, para um cargo comissionado na Controladoria-Geral do Estado do Rio de Janeiro (CGE). Bretas é amigo do governador do estado, Wilson Witzel (PSC). No carnaval, Bretas curtiu as escolas de samba ao lado de Witzel, na Sapucaí.

A CGE afirmou que Marcilene participou de processo seletivo. Os requisitos para o processo seletivo eram diploma de bacharel em direito “com formação sólida na área pública”, saber ler textos em inglês e disponibilidade para carga horária de 40 horas semanais.

“Vale ressaltar que dentre os currículos recebidos, o de Marcilene destacou-se por possuir experiências concretas na área de Controle Interno, uma vez que já atuou como controladora-geral do município de Queimados, de 2003 até 2005, e também como consultora jurídica geral na pasta, de 2013 até 2016”, afirma a CGE, em nota.

De acordo com o órgão, foram analisados cerca de 800 currículos.

A nomeação de Marcilene Bretas foi publicada no Diário Oficial do Estado nesta quinta, 18, mas é retroativa para o dia 5 de abril.

Marcilene Bretas assume o cargo deixado em fevereiro por Leandro Moreira Correa. De acordo com dados públicos do governo, o ex-assessor jurídico recebia R$ 15,3 mil por mês. Por ser concursado, o salário incluía gratificações, diferentemente do caso envolvendo a irmã de Bretas. Não foi divulgada a remuneração de Marcilene.

A Controladoria-Geral do Estado é o órgão responsável por fiscalizar condutas de servidores públicos do Rio de Janeiro e promover ações de auditoria, ouvidoria, transparência e corregedoria. Entre as atribuições da CGE estão o alerta para instauração de apuração de ações praticadas por agentes públicos contra os cofres do governo e representar esses desvios de conduta ao Tribunal de Contas do Rio de Janeiro.

O órgão também emite relatório e parecer conclusivo sobre a prestação de contas do governador.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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