Grow identifica redução de 25% do uso de patinetes elétricos após fiscalização

  • Por Jovem Pan
  • 30/05/2019 20h58
Roberto Casimiro/Estadão Conteúdo De acordo com a empresa, o chamamento público feito pela Prefeitura foi respondido, por meio de manifestação de interesse para operar na cidade

Apesar de nenhuma das empresas de patinetes elétricos ter realizado o credenciamento necessário na Prefeitura, a operação se manteve normal nesta quinta-feira (30). No entanto, a empresa Grow, fusão entre a Yellow e a Grinn, afirmou que, nas últimas 24 horas, identificou uma redução de cerca de 25% das viagens em São Paulo em comparação com o mesmo período da semana anterior.

A Grow ressaltou que segue operando dentro da regulamentação federal estabelecida pelas resoluções do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) e que acredita que a “imposição de obrigatoriedade do uso do capacete, de multa e a ação arbitrária da Prefeitura está desencorajando o uso” do veículo.

“Pedimos apoio da população que está sentindo falta desta alternativa de transporte; pedimos para que se manifestem em seus canais e, desta forma, possamos juntar forças e reverter esta situação que prejudica a todos”, solicitou.

De acordo com a empresa, o chamamento público feito pela Prefeitura foi respondido, por meio de manifestação de interesse para operar na cidade e toda a documentação para isso foi fornecida. A Grow, ainda, que a atividade de locação de veículos é regulada pelo Código Civil Brasileiro, portanto não cabe qualquer outro tipo de cadastramento na cidade. 

Por estes motivos, não há possibilidade legal de nos cadastrarmos sob as condições do decreto provisório da Prefeitura”, completou.

Apreensões

O prefeito Bruno Cóvas informou no fim da tarde de quarta-feira (29) que 557 patinetes elétricos foram recolhidos no primeiro dia de fiscalização. Na manhã desta quinta, ele afirmou que “nenhuma empresa está acima da lei”. “A empresa não se cadastrou como determinado no decreto, portanto passou a operar ilegalmente.”

O secretário municipal de Mobilidade e Transportes, Edson Caram, disse que vinha fazendo reuniões semanais com as empresas que operam no ramo. “Continuamos fazendo as reuniões com mais dez empresas que querem entrar na cidade de São Paulo e estamos trabalhando em uma regulamentação definitiva”, declarou.

Projeto de lei

Na quarta-feira (29), a Comissão de Constituição, Justiça e Legislação Participativa da Câmara Municipal aprovou o texto substitutivo do PL 1/2019, de autoria do vereador Police Neto, que trata das normas para organizar os serviços de compartilhamento de micromodais em São Paulo.

Entre as principais discordâncias em relação à regulamentação provisória da Prefeitura estão a cobrança de penalidades e proibição de circulação nas calçadas. O projeto prevê que as empresas promovam a educação no trânsito, segurança e urbanidade, e incentivem uso de equipamentos de segurança, mas não em caráter obrigatório. Já em relação as calçadas, propõe-se a liberação da circulação com limite de velocidade de 6km/h; e em ruas, a 20 km/h, desde que não haja estrutura cicloviária próxima.

O projeto segue tramitando nas comissões temáticas para então chegar ao plenário. Para ser aprovado definitivamente, o texto precisa passar por dois turnos de votação em plenário, com aprovação da maioria absoluta dos 55 vereadores da Câmara Municipal.

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