Após ataques de hackers, CPI das fake news deve ser prioridade na volta do recesso parlamentar

  • Por Jovem Pan
  • 28/07/2019 10h49 - Atualizado em 28/07/2019 10h50
Agência Brasil fachada do Congresso CPI terá 180 dias para investigar "perfis falsos e ataques cibernéticos contra a democracia"

A instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar a veiculação de notícias falsas deve ser uma das prioridades de deputados e senadores no retorno do recesso parlamentar, em agosto. Uma das vítimas dos recentes ataques de hackers a autoridades, o presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), reforçou a importância da investigação.

“A ação indevida dos hackers leva ainda à produção de fake news, que só servem para gerar a confusão de informações e a manipulação da opinião pública. Combater esse crime não é dever só da polícia, o legislador também deve colaborar com soluções e leis mais transparentes para o bem de todos. É isso que queremos debater na CPMI que vai investigar as notícias falsas no Congresso Nacional”, disse, em nota.

Além do presidente do Senado, figuram na lista de autoridades que tiveram o celular invadido por hackers ministros de Tribunais Superiores, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), os ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e o presidente da República Jair Bolsonaro.

Como será a CPI das fake news

A comissão será composta por 15 senadores e 15 deputados, além de igual número de suplentes. A CPI terá 180 dias para investigar a criação de “perfis falsos e ataques cibernéticos contra a democracia e o debate público”. A prática de ciberbullying contra autoridades e cidadãos vulneráveis também será investigada, assim como o aliciamento de crianças para o cometimento de crimes de ódio e suicídio.

*Com Agência Brasil

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