‘Jamais tratei temas sensíveis via celular’, diz Bolsonaro após anúncio de invasão

Polícia Federal informou ao presidente de que seu aparelho também teria sido atacado por grupo de hackers

  • Por Jovem Pan
  • 25/07/2019 13h47 - Atualizado em 25/07/2019 13h57
Marcos Corrêa/PR 'Um tentado grave contra o Brasil e suas instituições. Que sejam duramente punidos!', disse o presidente sobre a quadrilha

O presidente Jair Bolsonaro comentou, nesta quinta (25), a informação dada pela Polícia Federal e pelo Ministério da Justiça de que seu próprio celular teria sido alvo de hackers. Segundo ele, no entanto, “jamais” foram tratados temas sensíveis e de segurança nacional pelo aparelho.

“Por questão de segurança nacional, fui informado de que meus celulares foram invadidos pela quadrilha presa na terça, 23. Um tentado grave contra o Brasil e suas instituições. Que sejam duramente punidos! O Brasil não é mais terra sem lei”, escreveu o presidente no Twitter. “Por oportuno, informo que jamais tratei temas sensíveis ou de segurança nacional via celular.”

A invasão do aparelho de Bolsonaro foi informada após a prisão feita pela PF de quatro suspeitos de atacar os celulares do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e do procurador Deltan Dallagnol, chefe da Operação Lava Jato em Curitiba.

De acordo com a PF, a operação, chamada de Spoofing, mira uma “organização criminosa que praticava crimes cibernéticos” e “as investigações seguem para que sejam apuradas todas as circunstâncias” das infrações praticadas. Os agentes também investigam uma suposta invasão no celular do ministro da Economia, Paulo Guedes.

O advogado de Walter Delgatti Neto, um dos suspeitos, ainda informou que a intenção dele era vender as mensagens vazadas para o PT. Ariovaldo Moreira afirmou que o cliente, conhecido como Vermelho, “tem uma certa afinidade com o Partido dos Trabalhadores.” Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral, ele é filiado ao Democratas desde 2007.

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