Jovens ginastas acrobatas do DF ganham ouro e prata em Las Vegas

  • Por Jovem Pan
  • 31/03/2019 16h08 - Atualizado em 31/03/2019 16h08
Agência Brasil Equipe brasiliense de ginástica acrobática que ganhou várias medalhas nos Estados Unidos, posa para fotos com sua técnica, Márcia Janete.

Em Las Vegas, nos Estados Unidos, durante o 3rd Vegas Acro Cup, de 19 a 25 de março, um grupo de atletas de ginástica acrobática do Distrito Federal ganhou troféu de melhor time na categoria 6, que envolve ginastas de até 15 anos, e mais dez medalhas de ouro e cinco de prata.

A vitória é da equipe Akros/Setul, de Brasília, resultado de um trabalho social com crianças e adolescentes. Mais de 50 atletas participaram da equipe. Na 3rd Vegas Acro Cup, cinco trios e três duplas femininas, compostas por ginastas com idade entre 8 e 17 anos, competiram.

Com a classificação, o Brasil entrou para a elite da ginástica acrobática internacional ao superar, nos níveis 6 e Youth, times considerados os melhores do mundo, como Canadá, Estados Unidos, Austrália e Inglaterra.

Dedicação

A técnica Márcia Janete Colognese atribui o desempenho da equipe em Las Vegas ao planejamento e à disciplina. “Foram quatro meses de dedicação plena e muita perseverança. A equipe sacrificou as férias escolares e até as festas de fim de ano para se preparar”, disse a técnica, informando que os treinos são diários, seis vezes por semana, das 14h às 19h.

A primeira conquista internacional da Akros/Setul foi em 2012, quando foram obtidas 37 medalhas de ouro, 14 de prata e 15 de bronze. “A primeira dupla brasileira a pisar num tablado internacional em um mundial foi brasiliense. Isso é motivo de muito orgulho para o Distrito Federal”, disse a técnica.

Trabalho social

O trabalho da Akros vai além do esporte, pois com vínculos com a Secretária de Esporte, Turismo e Lazer do DF (Setul), desenvolve atividades sociais inclusivas estimulando crianças a adolescentes de regiões pobres do Distrito Federal.

“A maioria das crianças vem de escolas públicas de comunidades carentes. A ginástica acrobática acaba se transformando em um sonho possível. Essas crianças encaram o esporte com muita garra, com muita energia e o resultado é muito positivo”, ressaltou.

Exemplo

De uma geração anterior à atual, a atleta Emmilly Teles, é um exemplo. Filha da doméstica Edmilta dos Santos Silva e moradora da Estrutural, um bairro da periferia de Brasília, Emmilly iniciou sua carreira de ginasta acrobata aos 12 anos. Depois uma lesão no joelho, ela passou a ser auxiliar técnica da Akros.

“A ginástica sempre foi um sonho distante. Embora eu gostasse, nunca imaginei que conseguiria praticar. Foi a minha mãe que ficou sabendo do projeto na Estrutural e me matriculou. Este projeto me conduziu por um bom caminho, me livrou de muita coisa ruim que a gente sabe que existe. Hoje, a ginástica é tudo para mim”, relatou Emmilly Santos.

*Com Agência Estado

 

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.