Justiça manda Vale suspender atividades em barragem de Nova Lima (MG)
A Justiça determinou na tarde de ontem, 20, que a Vale suspenda todas as atividades vinculadas a barragem de Dique III, em Nova Lima, Minas Gerais.
De acordo com a decisão, além da barragem, a empresa deve interromper as operações de usinas, cavas e transportes associadas a essa estrutura, que faz parte do Complexo de Vargem Grande.
A determinação da Justiça, publicada nesta quinta-feira, 21, vale até que a estabilidade da barragem seja comprovada.
O pedido, feito pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) teve como base documentos encaminhados pela consultoria Tüv Süd, a empresa terceirizada investigada no caso do rompimento da barragem de Brumadinho. De acordo com os documentos, a consultoria alertou sobre a necessidade de revisão dos relatórios de segurança de várias barragens, inclusive de Dique III.
Além de interromper a operação, o juiz acatou o pedido do MPMG para que a Vale contrate nova auditoria de segurança e elabore plano de ação para reverter eventuais riscos. Determinou ainda a retirada de moradores da chamada área de autossalvamento.
Procurada, a Vale ainda não se posicionou sobre a decisão, mas as atividades do complexo de Vargem Grande já estão suspensas desde 20 de fevereiro, quando a Agência Nacional de Mineração (ANM) determinou, de forma preventiva, a suspensão das atividades do complexo.
Na época, a mineradora informou que atendeu imediatamente a determinação, mas que iria entrar com recurso junto à Diretoria Colegiada da ANM para realizar desmonte mecânico via trator e manter as operações das usinas de concentração e pelotização. De acordo com o comunicado distribuído na época, isso levaria “a impactos limitados nos volumes de produção, cujos valores serão informados assim que estimados”.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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