Líder do governo diz que, sem acordo, reforma irá na íntegra para votação

  • Por Jovem Pan
  • 17/04/2019 18h26
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Vitor Hugo ressaltou que, para o governo, não há inconstitucionalidade no texto e que ele vai trabalhar para sua aprovação na íntegra

De acordo com o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL), se não houver um acordo firmado entre os partidos sobre o parecer da reforma da Previdência, o texto irá para votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), na terça-feira (23), como está na íntegra. Segundo ele, está sendo discutida a retirada de trechos do relatório elaborado pelo deputado Marcelo Freitas (PSL).

“Abrimos uma negociação aqui. Estamos trabalhando para avançar. Não é prudente para o governo adiantar os pontos. Vamos conversar até segunda para que votemos na terça”, disse Vitor Hugo ao deixar reunião entre deputados e o secretário da Previdência, Rogério Marinho.

Vitor Hugo ressaltou que, para o governo, não há inconstitucionalidade no texto e que ele vai trabalhar para sua aprovação na íntegra, “mas aberto ao diálogo”.

O líder do partido Novo, Marcel Van Hattem (RS), também defende que o texto seja aprovado na comissão em sua integralidade. Ele não descarta a possibilidade de que não haja acordo entre o governo e os partidos.

Por outro lado, o deputado Lafayette de Andrada (PRB) afirmou que o texto está sendo “reformulado, arredondado” e que está confiante de que a PEC será votada na próxima terça-feira. Ele afirmou que Rogério Marinho está com boa vontade para dialogar com os partidos. O parlamentar disse, no entanto, que o governo não acredita que haja bitributação na proposta, como foi levantado por alguns partidos. Ele afirmou também que a questão do abono está longe de consenso, mas reafirmou que novas conversas vão ser ainda travadas para que se vote a proposta com “suavidade”.

O líder do PP, Arthur Lira (AL), disse que dois pontos levados pelos partidos não encontraram consenso: a desconstitucionalização da Previdência e o abono salarial. Ele disse que os partidos podem trabalhar sobre a primeira questão na comissão especial.

Os líderes partidários e o secretário da Previdência devem realizar outras conversas até terça-feira, quando eles acreditam que a admissibilidade da PEC deverá ser votada na CCJ.

* Com informações da Agência Estado

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