Lula se torna réu por lavagem de dinheiro em caso envolvendo a Guiné Equatorial

  • Por Jovem Pan
  • 14/12/2018 17h16
Ricardo Stuckert Ex-presidente também seria denunciado por tráfico de influência, mas crime prescreveu

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se tornou réu em mais um processo movido pelo Ministério Público Federal. Dessa vez, ele vai responder por lavagem de dinheiro por ter recebido R$ 1 milhão do grupo brasileiro ARG, valores que foram dissimulados na forma de doação ao Instituto Lula. A denúncia, apresentada em novembro pela força tarefa da Operação Lava Jato em São Paulo, foi recebida pela Justiça Federal nesta sexta-feira (14).

O pagamento teria sido feito depois que o ex-presidente, usufruindo de seu prestígio internacional, influiu em decisões do presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, as quais resultaram na ampliação dos negócios da empresa no país africano.

Além de Lula, também responderá ao processo o controlador do grupo ARG, Rodolfo Giannetti Geo, que foi denunciado por lavagem de dinheiro e tráfico de influência em transação comercial internacional.

Os fatos ocorreram entre setembro de 2011 e junho de 2012. Como Lula tem mais de 70 anos, o crime de tráfico de influência prescreveu em relação a ele, mas não para o empresário.

Entenda o caso

Segundo as investigações, a transação teve início entre setembro e outubro de 2011. Na ocasião, Geo procurou Lula e solicitou a ele que buscasse o auxílio do mandatário da Guiné Equatorial para que o governo africano continuasse realizando transações comerciais com o Grupo ARG, especialmente na construção de rodovias. As provas do crime foram encontradas nos e-mails do Instituto Lula, apreendidos em busca e apreensão realizada na entidade em março de 2016 durante a Operação Aletheia, 24ª fase da Lava Jato de Curitiba.

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