Marco Feliciano diz que não houve ditadura no Brasil: ‘Quer ver ditadura, eleja Haddad’

  • Por Jovem Pan
  • 26/10/2018 14h33
Jovem Pan Marco Feliciano (PSC) foi o convidado do Pânico desta sexta-feira (26)

Em entrevista ao Pânico desta sexta-feira (26), o deputado federal Marco Feliciano (PSC) defendeu que não houve ditadura no Brasil. “No Brasil, não houve ditadura. O que tivemos foi uma intervenção militar com apoio do Congresso, que nunca foi fechado”, afirmou.

Para o pastor, o período entre 1964 e 1985 foi um “regime de exceção”. “Ditadura aconteceu na União Soviética, na China”, disse. Ele ainda afirmou que um possível governo de Fernando Haddad (PT) seria a primeira ditadura brasileira. “Quer ditadura, eleja o Haddad. Ele sai do Brasil e fica a Manuela [D’Ávila, vice na chapa do petista] como presidente, uma comunista”, acrescentou.

O deputado lembrou de como sua família viveu no período militar no Brasil, dizendo que seus antepassados nunca foram perseguidos. “Meu avô era cortador de cana, nunca foi perseguido, nunca teve problema com o Exército”, disse.

Apoio a Bolsonaro, ataques a Haddad

Marco Feliciano voltou a defender Jair Bolsonaro (PSL), candidato que ele apoia abertamente desde o começo da campanha. Para o pastor, Bolsonaro é uma “pessoa machucada”. “Pense em uma pessoa que apanhou por 26 anos no parlamento, todo mundo debochava dele por causa dos posicionamentos dele”, disse. “Qualquer coisa que ele falava, era processado. Isso foi machucando ele”, acrescentou. “Você conversa cinco minutos com ele e ele acha que você quer bater nele, porque ele sempre apanhou.”

Além de defender Bolsonaro, o pastor atacou Haddad. “Votar em Haddad é imoral”, definiu. “Votar no PT é dar carta branca para continuar roubando”, explicou o político. “Pode não gostar do Bolsonaro, mas ele é honesto.”

Feliciano definiu o governo do PT como um “regime totalitário”. “Quer regime mais totalitário do que o PT impondo as minorias sobre as maiorias do país?”, questionou. Ele ainda atacou o PSOL. “O PSOL, em cinco deputados, engolia o parlamento inteiro. São guerrilheiros treinados”, afirmou, lembrando que o partido terá mais parlamentares a partir do ano que vem. “O parlamento já é uma casa de loucos, no ano que vem vai ser um hospício.”

Briga com Daciolo

Marco Feliciano também falou da briga que teve com Cabo Daciolo (Patriota), que foi filmada e viralizou nas redes sociais. O presidenciável acusou o pastor de fazer parte da maçonaria. “É uma acusação tão sem pé nem cabeça, é uma coisa de menino. Faltou caráter nele”, atacou.

Reeleito para mais um mandato na Câmara dos Deputados, Feliciano diz que as acusações de Daciolo afetaram sua votação. “Foi um prejuízo sem tamanho”, desabafou. Ele também disse que os candidatos que eram apoiados pelo pastor Silas Malafaia, que também foi atacado pelo presidenciável, perderam votos.

Mas Feliciano e Daciolo concordam em uma coisa: na existência da URSAL. “Há um fundo de verdade na URSAL”, defendeu o pastor. O acrônimo para a suposta União das Repúblicas Socialistas da América Latina foi levantado pelo Cabo em um debate entre presidenciáveis. Na ocasião, ele acusou Ciro Gomes (PDT) de ser um dos líderes do suposto grupo, que nunca existiu.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.