Ministério Saúde vai liberar R$ 4 milhões para atender moradores de cidades próximas a Brumadinho

  • Por Jovem Pan
  • 18/02/2019 17h50
Christyam de Lima/Estadão Conteúdo Dinheiro poderá ser usado para monitorar qualidade da água e do solo da região

O Ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira (18) a liberação de R$ 4 milhões para custear ações assistenciais a moradores de 18 cidades afetadas pelo rompimento de barragem em Brumadinho. O acidente aconteceu em 25 de janeiro, deixando 169 mortos.

De acordo com a pasta, os recursos serão destinados à assistência psicológica da população e dos profissionais que participam dos trabalhos de resgate. Além disso, o dinheiro será usado para prevenir doenças, por meio de monitoramento da água e do solo.

Entre as principais preocupações de autoridades da área de saúde estão os consequentes casos de ansiedade e depressão decorrentes do estresse pós-traumático – seja por vivência direta do desastre, seja pela perda de amigos e parentes.

Dois centros de atenção psicossocial e três equipes multiprofissionais de atenção em saúde mensal já foram habilitados em brumadinho. A previsão é de que sejam habilitados mais dois núcleos ampliados da saúde da família e atenção básica.

No total, Brumadinho receberá R$ 1,65 milhão. O ministério prometeu liberar os R$ 2,3 milhões restantes também para outras 17 cidades atingidas pelo colapso da barragem da mineradora Vale, para prevenção e controle de epidemias, como a de dengue.

Além de Brumadinho, serão beneficiados: Betim, Curvelo, Esmeraldas, Felixlândia, Florestal, Fortuna de Minas, Igarapé, Juatuba, Maravilhas, Mário Campos, Papagaios, Pará de Minas, Paraopeba, Pequi, Pompéu, São Joaquim de Bicas e São José da Varginha.

A pasta ainda se comprometeu a acompanhar pelos próximos 20 anos o quadro de saúde de cerca de mil profissionais que participam dos resgates e buscas (Bombeiros, Força Nacional de Segurança, Defesa Civil, Ibama e outros) e das vítimas.

A ação terá a colaboração de pesquisadores de instituições como a Fiocruz, as universidades Federal de Minas Gerais (UFMG) e do Rio de Janeiro (UFRJ) e a organização Médicos Sem Fronteiras. Outras instituições referenciadas também poderão ser envolvidas.

*Com informações da Agência Brasil

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