Museu Nacional pertence à UFRJ e não está no orçamento da Cultura, diz Ministro

  • Por Jovem Pan
  • 03/09/2018 11h35 - Atualizado em 03/09/2018 11h50
EFE Museu Nacional em chamas Sá Leitão defendeu que os responsáveis pela tragédia sejam punidos

A história do Brasil está de luto após o incêndio do Museu Nacional no Rio de Janeiro, na noite do último domingo (2), que destruiu um grande acervo com mais de 20 milhões de itens. Muitos se perguntam as razões pelo Governo Federal não ter investido para modernizar as estruturas do local, o que poderia ter evitado a tragédia.

Em entrevista ao Morning Show desta segunda-feira (3), o Ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, revelou que mediou um acordo com o BNDES para investir na revitalização do museu. Ele afirmou que o dinheiro será usado para a reconstrução e recuperação do patrimônio.

“É preciso esclarecer. O que vou dizer é fato: O Museu Nacional pertence à UFRJ e não está no orçamento do Ministério da Cultura. O que me propus a fazer assim que assumi o posto foi de ajudar o museu a captar recursos para viabilizar a sua revitalização. Consegui sensibilizar o então presidente do BNDES. O contrato foi assinado em 6 de junho. Infelizmente não deu tempo de ser implementado e esses recursos estão disponíveis para serem usadas na reconstrução”, contou.

“As universidades federais, pela constituição, tem a autonomia administrativa e financeira. Não há a menor possibilidade do Ministério da Cultura tomar frente em algo que está na jurisdição de uma universidade federal, o que pode haver é um diálogo. Foi o que fiz desde que assumi, conversamos sobre o museu e falamos até sobre outro patrimônio que está abandonado, que é o Canecão. Da noite para o dia retirar o Museu Nacional da jurisdição da UFRJ e do Ministério da Educação para vir para o da Cultura não é possível”, completou.

As equipes presentes no local realizarão o rescaldo para poder acabar com os focos de incêndio de vez e começar o processo de recolhimento das obras que não foram afetadas. Sá Leitão explicou que todo o acervo que se encontra no horto, a botânica e biblioteca central, não foram atingidos.

“A primeira etapa é de rescaldo, a gente nivelar completamente o fogo e passar a recolher o que sobrou, reavaliar a estrutura e ver o que está de pé. A partir disso é possível dar início ao projeto básico e depois executivo da reconstrução, no mesmo momento em que se avalia o acervo. Todo o acervo que se encontra no horto, botânica e biblioteca central, esse acervo não foi atingido. O acervo do Palácio precisa ver o que ficou e o que não. É importante que a gente além do levantamento já inicie esse processo da construção. Para se ter uma ideia do custo”, disse.

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