Ministro da Educação defende indicação de Eduardo Bolsonaro para embaixada nos EUA

  • Por Jovem Pan
  • 16/07/2019 20h36 - Atualizado em 16/07/2019 20h52
Antônio Cruz/Agência Brasil "Tenho certeza que ele fará um excelente trabalho", escreveu Abraham Weintraub no Twitter
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, usou o Twitter nesta terça (16) para defender a nomeação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), à Embaixada do Brasil em Washington. O parlamentar é filho do presidente da República.
“Tenho o privilégio de conhecer o Eduardo Bolsonaro há mais de 2 anos. Tanto representando o Brasil nos EUA ou atuando no Congresso, tenho certeza que ele fará um excelente trabalho”, escreveu. “Ele é uma pessoa que faz a diferença nos projetos em que se envolve. Conte com meu apoio!”.

 

Mais cedo, a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, também endossou a indicação, descartando as críticas de que o ato se trataria de nepotismo. Ela chegou a dizer que Eduardo seria “uma das pessoas mais capacitadas do Brasil” para ocupar o posto.
Na segunda, o ministro da Cidadania, Osmar Terra, classificou críticas contra a eventual indicação como “hipocrisia” e disse que o Brasil já teve outros embaixadores com origem no mundo político.

Após consultar assessores, o presidente Jair Bolsonaro quer viabilizar a indicação de Eduardo no Parlamento. A Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado é responsável por validar ou não as nomeações do Executivo para funções diplomáticas.

O presidente Jair Bolsonaro pediu a assessores que verificassem quantas vezes os últimos embaixadores foram recebidos pelo Secretário de Estado americano. A conclusão é que não houve encontros recentes desse tipo, o que ajudaria a reforçar o argumento de que é preciso fortalecer as relações entre os dois países por meio da Embaixada do Brasil nos Estados Unidos. Governistas defendem que Eduardo é próximo do presidente americano, Donald Trump.

Segundo um assessor do governo brasileiro, o presidente tem a convicção de que há “embaixadas custosas que não trazem resultado concreto ao Brasil”, o que este cenário poderia mudar com a ida de Eduardo para os EUA.

Outro pedido de Bolsonaro para tentar conseguir aprovação no Senado são pareceres jurídicos da Advocacia Geral da União (AGU) e da Controladoria Geral da União (CGU), a fim de tentar convencer os parlamentares. Na visão de um interlocutor, Bolsonaro “intensificou a ofensiva” para ter certeza que não há risco de uma rejeição ao nome de Eduardo entre os senadores.

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