Ministros de Bolsonaro divergem sobre educação sexual em escolas

  • Por Jovem Pan
  • 09/02/2019 11h16
Rodrigo Nunes/MS Opinião de ministros sobre ensino sexual diverge

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, defende de forma enfática a educação sexual nas escolas. “Não dá para não fazer”, afirmou na tarde de sexta-feira (9). Para ele, a estratégia tem papel importante na prevenção da gravidez na adolescência, cujas taxas ainda são consideradas altas no Brasil. No entanto, o tema é polêmico no governo.

Internamente, a equipe do presidente Jair Bolsonaro diverge sobre o assunto. O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, foi evasivo ao falar sobre o tema e da relevância do ensino sexual na redução da gravidez entre adolescentes.

Rodriguez afirmou que o programa Saúde nas Escolas, que aborda a educação sexual, poderá ser alterado, em sinal de que a estratégia deverá ser feita de forma a não melindrar famílias de pensamento conservador. “Veremos o que será necessário atualizar”, declarou. Embora questionado, ele não afirmou quais mudanças poderiam ocorrer.

As afirmações foram feitas durante a formalização de uma parceria entre os Ministérios da Saúde, da Educação, da Cidadania e da Mulher, Família e Direitos Humanos, para reduzir a gravidez precoce até 2022. A taxa no Brasil é de pouco mais de 56 adolescentes a cada 1 mil. O índice está acima da média mundial 49 casos a cada 1 mil.

*Com informações do Estadão  Conteúdo

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