Moro defende permanência do Coaf na pasta da Justiça

  • Por Jovem Pan
  • 26/04/2019 18h50 - Atualizado em 26/04/2019 18h51
Fátima Meira/Estadão Conteúdo Segundo Moro, o Coaf é um importante instrumento para detecção e prevenção de operações de lavagem de dinheiro

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, defendeu novamente nesta sexta-feira (26) que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) não volte para o Ministério da Fazenda. Em meio à negociação com deputados para garantir a aprovação da Medida Provisória que reestruturou os órgãos do governo e reduziu o número de ministérios, o presidente Jair Bolsonaro disse “não se opor” a transferir o conselho de volta para a Fazenda.

Segundo Moro, o Coaf é um importante instrumento para detecção e prevenção de operações de lavagem de dinheiro, e a Fazenda, sob o comando do ministro Paulo Guedes, tem outras atribuições. Ele argumentou que o conselho tem “muitas conexões com órgãos de segurança pública e justiça” por se tratar de um órgão de prevenção à lavagem de dinheiro.

“Todo mundo já ouviu aquela frase, que é importante fazer o crime não compensar, que significa tanto mandar o criminoso para a prisão, mas igualmente confiscar o produto do crime. E, para isso, é importante termos mecanismos de detecção e prevenção de operações de lavagem de dinheiro”, disse.

Segundo o ex-juiz, Paulo Guedes tem outras coisas para se preocupar. “Taxa de juros, crescimento da economia, nova previdência, são todas pautas importantíssimas, enquanto que o trabalho do Coaf, que é nossa unidade de inteligência financeira, de prevenção à lavagem de dinheiro, tem uma relação muito grande com o trabalho da segurança pública”, afirmou.

Moro falou, no entanto, que se o Congresso decidir pela mudança, ele vai respeitar. “Claro, o presidente falou. A decisão vai ser tomada pelo Congresso. Igualmente, eu também sou aberto a qualquer decisão que seja tomada no Congresso. O que não me impede de tentar convencer os parlamentares de que o melhor lugar do Coaf é atualmente onde ele se encontra”.

O ministro sinalizou que está aumentando o quadro de servidores com atuação na área. “Eram 31 e temos a perspectiva de aumentar para 64. Iniciamos distribuição de cargos dentro do ministério, ou seja, nosso objetivo é melhorar o Coaf”.

* Com informações do Estadão Conteúdo

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