Moro: ‘Pode ter havido descuido formal, mas não cometi nenhum ilícito’

Segundo o site The Intercept Brasil, Sergio Moro teria repassado informalmente uma pista sobre o caso do ex-presidente Lula para que o Ministério Público Federal investigasse

  • Por Jovem Pan
  • 14/06/2019 14h57
Divulgação O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou nesta sexta-feira (14) que pode ter cometido um “descuido” ao repassar uma informação para procuradores da Operação Lava Jato por meio de um aplicativo de mensagens, mas reafirmou que não cometeu nenhum ato ilícito. Segundo o site The Intercept Brasil, o então juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba teria repassado informalmente uma pista sobre o caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que o Ministério Público Federal investigasse.

O ministro alegou que a troca de informações entre as partes é uma rotina comum de juízes, promotores e advogados. “Eu recebi aquela informação, e aí sim, vamos dizer, foi até um descuido meu, apenas passei pelo aplicativo. Mas não tem nenhuma anormalidade nisso. Não havia uma ação penal sequer em curso. O que havia é: é possível que tenha um crime de lavagem e eu passei ao Ministério Público”, disse Moro após cerimônia na Polícia Rodoviária Federal, em Brasília.

Ao ser questionado sobre quem poderia apontar uma conduta ilegal, Moro reforçou que cometeu um “descuido formal”, mas nada “ilícito”. “Eu acho que simplesmente receber uma notícia-crime e repassar a informação não pode ser classificado como uma conduta imprópria”, declarou.

“Eventualmente pode ter tido havido algum descuido formal, mas enfim, nisso não há nenhum ilícito se a indagação é nesse sentido. Eu não cometi nenhum ilícito, estou absolutamente tranquilo com relação a todos os atos que cometi enquanto juiz da Operação Lava Jato.”

O ministro da Justiça repetiu que o caso está sendo investigado e que há informações de invasão a celulares de jornalistas e parlamentares. Além disso, reafirmou que não acredita na ação de uma pessoa sozinha, mas de um “grupo criminoso” para atacar as instituições brasileiras. “As instituições brasileiras estão sob ataque, [são] pessoas ousadas”, disse.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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