Mourão: salário mínimo e direitos trabalhistas são ‘vacas sagradas’ que precisam ser enfrentadas

  • Por Victoria Abel
  • 26/03/2019 20h01 - Atualizado em 26/03/2019 20h04
Adnilton Farias/VPR Em evento na FIESP nesta terça-feira, 26, vice-presidente defendeu a reforma trabalhista

O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, afirmou nesta terça-feira, 26, em evento da FIESP, que o governo precisa lidar com o que chamou de “vacas sagradas”. Segundo explicou, são políticas “anticapitalistas” que foram implementadas por governos anteriores e cuja as modificações hoje se tornam difíceis. Entre elas, está o salário mínimo, o sistema previdenciário e os direitos trabalhistas.

Mourão disse que são medidas que geram muitos problemas para o país. A exemplo, o vice-presidente argumentou governos anteriores aumentaram o salário mínimo acima da inflação e produziram uma contradição, quando as classes mais favorecidas recebem mais que as menos favorecidas. “Temos um salário mínimo que não é mínimo”.

Para platéia de empresários, o vice-presidente ainda defendeu que a reforma trabalhista precisa ser levada a diante, sob pena do país não conseguir gerar empregos.

Com relação as necessárias mudanças no sistema previdenciário, o vice-presidente defendeu firmemente um diálogo com os parlamentares, lembrando que o Congresso representa a população brasileira. “Temos que dialogar com eles, e não fugir ao diálogo. Vai levar pedrada? Vai. Faz parte da vida política.”

No entanto, Mourão defendeu que não tem mais como sustentar o Benefício de Prestação Continuada (BPC) como está. Para ele, a regra em vigor incentiva pessoas a não contribuírem, já que receberão um salário mínimo de qualquer forma a partir dos 65 anos. A afirmação vem ao mesmo tempo em líderes na Câmara dos Deputados defendem retirar da reforma da Previdência as mudanças no benefício.

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