Museu Nacional: Ar-condicionado com falha de instalação provocou o incêndio, diz laudo

  • Por Jovem Pan
  • 04/04/2019 14h05
EFE Fogo consumiu a maior parte do acervo de 12 mil peças da instituição

Um laudo apresentado nesta quinta-feira (4) pela Polícia Federal (PF) afirma que o incêndio no Museu Nacional, ocorrido em setembro do ano passado, provavelmente foi causado por um curto-circuito em um aparelho de ar-condicionado instalado sem respeitar as normas do fabricante. Na ocasião, o fogo consumiu a maior parte do acervo de 12 mil peças da instituição localizada na Quinta da Boa Vista, Rio de Janeiro.

Logo após o incidente, uma equipe formada por sete peritos – três especializados em incêndio, dois em local de crime e dois em audiovisual e fotogrametria – atuou no local para colher evidências. Foi descartado incêndio criminoso ou mesmo a queda de um balão.

Segundo os peritos, nem todas as câmeras estavam funcionando, sendo que nenhuma delas registrou o foco inicial. Mas imagens captadas por alguns dos equipamentos e outras feitas por câmeras externas permitiram que os investigadores estudassem a dinâmica do fogo, concluindo que ele se iniciou no auditório do térreo. O local possuía equipamentos de som, projetor e três aparelhos de ar-condicionado – e foi em um deles que o incêndio se iniciou. De acordo com os técnicos, o aparelho tinha “deficiências na instalação”.

“A gente não conseguiu identificar uma causa única, foram várias situações”, disse o perito Marco Antônio Zatta. “Deveria ter um disjuntor para cada ar-condicionado. Havia um para os três. Não estava seguindo a recomendação do fabricante. A questão do aterramento é outro motivo. Ele havia sido feito na parte externa, mas não na interna. Foi feito pela metade.”

A conclusão servirá para embasar inquérito da PF para apontar possíveis responsáveis, que poderão responder criminalmente.

*Com Estadão Conteúdo

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