Número de venezuelanos que chegam a Roraima cai em segundo dia de confronto

Estadão Conteúdo Governador do estado diz temer que população "se volte contra venezuelanos"

O número de imigrantes que chegaram a Roraima caiu no segundo dia de confrontos na Venezuela. Em 30 de abril, primeiro dia de protestos convocados pelo autodeclarado presidente interino Juan Guaidó contra o regime de Nicolás Maduro, 848 pessoas chegaram a Pacaraima, cidade brasileira na fronteira. Em 1º de maio, esse número caiu para 570.

A assessoria da Operação Acolhida diz que, apesar de a média da última semana estar em torno de 400 pessoas, 616 entraram no Brasil na quarta-feira, 1, e 46 voltaram para a Venezuela.

A fronteira está fechada do lado venezuelano desde fevereiro, o que provocou a queda do fluxo de refugiados que chegam no Brasil. Antes do fechamento, cerca de mil pessoas por dia entravam em Roraima. Após a decisão de Maduro de bloquear a passagem, 200 pessoas chegavam por dia.

Nas últimas semanas, no entanto, essa média voltou a subir.

A assessoria de comunicação da Operação Acolhida disse que 278 pessoas foram ao Posto de Triagem da Operação, 76 para solicitar refúgio e 202 para residência temporária.

Nnão houve reforço na fronteira por causa da confusão ocorrida na Venezuela. Segundo os militares, a movimentação foi tranquila durante todo o dia em Pacaraima.

Na quarta-feira, 1, o governador de Roraima, Antônio Denarium (PSL), disse temer que a população de seu Estado se volte contra os venezuelanos.

“Temo que a população se revolte. Temo que se volte contra os venezuelanos porque não tem nenhum benefício para brasileiro, só tem benefício para venezuelanos”, afirmou ele. “O que vem é só pro venezuelano. Não dá cesta básica pro brasileiro que está passando fome. Mas, pro venezuelano, dá tudo, almoço, jantar, aluguel. Dá tudo que o brasileiro não tem”, disse Denarium.

*Com informações do Estadão Conteúdo