Para coincidir com impeachment, Vem Pra Rua e MBL convocam nova manifestação para 13 de março de 2016

  • Por Jovem Pan
  • 13/12/2015 13h44
Rogério Chequer Tiago Muniz / Jovem Pan Protesto pró-impeachment deste domingo (13) na Avenida Paulista

O líder do Movimento Vem Pra Rua, Rogério Chequer, informou em primeira mão à Jovem Pan que os grupos pró-impeachment convocam uma “mega-manifestação” para 13 de março de 2016. Neste domingo (13) protestos pelo impedimento da presidente Dilma ocorrem em todo o País.

Kim Kataguiri, líder do Movimento Brasil Livre, outro dos principais grupos que apoiam a pauta, confirmou a chamada. Ele ressalta também que a convocação marca a proximidade do “aniversário de um ano da manifestação de 15 de março (de 2015)”.

De acordo com as contas dos grupos, espera-se que na data de 2016, também um domingo, o processo de impeachment aberto por Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, esteja em estágio avançado.

“Nós estamos esperando que isso coincida com o processo de impeachment. Se precisar, vamos fazer uma alteração pequena de data. Mas, a princípio, no dia 13 de março o Brasil inteiro vai às ruas numa mega manifestação”, explica e convoca Chequer. “Acreditamos, de acordo com o processo e indicações que tivemos até agora (do calendário político do impeachment) que o dia 13 de março vai ser mantido como uma mega manifestação a acontecer antes da votação final na Câmara dos Deputados”, disse o líder do MVPR ao repórter JP Tiago Muniz.

“Impeachment não é golpe, ao contrário do que tentam convencer a presidente Dilma Rousseff e o Partido dos Trabalhadores”, acrescentou o líder do MVPR. Chequer disse ainda que não esperava que Cunha acatasse o impeachment em 2 de dezembro. “A gente espera um comparecimento suficiente para começar esse processo”, disse sobre os atos deste domingo (13 de dezembro). “É totalmente natural que tenha menos pessoas”, avaliou, uma vez que houve apenas 10 dias de divulgação, alega.

“Pressão aos governistas”

Kataguiri diz que o MBL, por sua vez, foca na pressão a “políticos em cima do muro”. Ele cita o deputado federal paulista Celso Russomanno (PRB-SP), citado durante o ato, e o ministro do Supremo Luiz Edson Fachin, que pediu a suspensão temporária do rito para análise.

“Nós queremos empurrar essa pressão que a gente teve nos partidos de oposição para os partidos governistas também”, disse Kim. “A gente, independentemente dessas manifestações, está fazendo essa pressão constante nas bases do MBL aos deputados (…). Cada estado está fazendo pressão em deputado que está em sua base eleitoral”, explica.

Kim também comentou sobre o presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ). “Ele (Cunha) não tem condições de ocupar o cargo que ocupa”, criticou.

*Com acréscimo de informações às 16h20

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