Partidos devem retirar destaques para acelerar votação da reforma da Previdência, afirma Maia

  • Por Jovem Pan
  • 02/07/2019 19h22
Gilmar Félix/Câmara dos Deputados Maia acredita que a reinclusão dos estados e municípios só vai ocorrer por destaque no Plenário

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou que alguns partidos estão construindo um acordo para que não sejam apresentados destaques na comissão especial da reforma da Previdência. Segundo a Agência Câmara, o objetivo é dar mais celeridade à votação do texto no colegiado.

Maia disse que mantém a expectativa de votar a reforma no Plenário na próxima semana e acredita que a reinclusão dos estados e municípios – que ficou de fora no parecer apresentado pelo relator Samuel Moreira nesta terça-feira (2) – só vai ocorrer por destaque no Plenário.

“Política é a arte de dialogar e ter paciência, e é isso que a gente tem que fazer até o último minuto com a compreensão de que é importante incluir os governadores”, destacou.

De acordo com o presidente da Câmara, o que tem dificultado a participação dos governadores e dos prefeitos na reforma é a política local. Segundo Maia, mesmo assim, é preciso dialogar com os entes federados porque o problema fiscal de estados e municípios terá de ser enfrentado. “Num prazo muito curto, o problema vai bater no orçamento federal. É melhor que se organize logo”, cobrou.

Policiais na reforma

Em relação às pressões de bancadas ligadas à segurança pública, Maia acredita que é possível a construção de um acordo até amanhã de manhã, desde que esse acordo não prejudique a economia prevista no relatório do deputado Samuel Moreira. A intenção, conforme informou ontem o líder do governo, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), é incluir uma regra mais amena de transição para os policiais federais e para os policiais rodoviários federais.

Rodrigo Maia considera difícil incluir a medida na reforma. “É preciso muito cuidado para incluir qualquer coisa agora, acho que vai, inclusive, precisar de uma sinalização do próprio ministério da Economia, dizendo que não há desconforto nesse diálogo”, disse o presidente.

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